Os funcionários dos bancos privados e do Banco do Brasil de Curitiba e Região seguiram a recomendação do Comando Nacional de Greve e encerraram a paralisação da categoria nesta segunda-feira, 26, depois de 21 dias de mobilização. Já os trabalhadores da Caixa Econômica Federal (CEF) decidiram por continuar de braços cruzados, segundo o Sindicato dos Bancários de Curitiba.
Com isso, a CEF será a única instituição que não abrirá normalmente neste terça (27).
As votações ocorreram por volta das 20h30 desta segunda. Além do sindicato local, os bancários de Londrina, de São Paulo, de Minas Gerais e do Rio Grande do Sul decidiram pelo fim da mobilização.
A classe aceitou a proposta da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) de um reajuste de 10% nos salários, na Participação dos Lucros e Resultados (PLR) e no piso, e mais 14% para os vales refeição e alimentação.
Descontada a inflação no acumulado dos últimos 12 meses – tendo como base o INPC –, o índice representa um aumento real de 0,11%.
A Fenaban também ofereceu um abono parcial dos dias parados.
A decisão pelo fim do movimento grevista ocorreu durante a assembleia da categoria, que teve início às 18h desta segunda, em Curitiba.
Negociação
Desde o dia 25 de setembro, os bancos haviam apresentado três propostas.
A primeira previa reajuste de 5,5%, com abono de R$ 2,5 mil, que não seria incorporado ao salário. Na segunda oferta, feita no dia 20, apresentaram correção de 7,5% aos salários, sem abono. Na última quarta-feira (21), foi proposto reajuste de 8,75%, também sem abono.
Com o reajuste aprovado, a categoria acumula ganho real de 20,83% nos salários e 42,3% nos pisos salariais entre 2004 e 2014. Ano passado, foram 2,02% acima da inflação.