O estoque de sangue no Paraná encontra-se em situação crítica. Desde o início do ano foi registrada queda de 50% no número de doadores – e, com a chegada do inverno, as doações diminuíram ainda mais. O fato pode comprometer os atendimentos hospitalares, inclusive a realização de cirurgias, a partir das próximas semanas.
“Em Curitiba, para que o abastecimento seja ideal, precisamos que haja 150 doações diárias. Porém, já houve dias em que não teve nem 50. Neste ano o inverno está rigoroso e, quando isso acontece, os doadores desaparecem”, diz a assistente social do Centro de Hematologia e Hemoterapia do Paraná (Hemepar), Maria das Dores Tucunduva Santos.
Sem mitos
De uma bolsa de sangue são separados quatro hemocomponentes – as hemácias, as plaquetas, o plasma e o crioprecipitado. A doação é rápida, indolor e não gera qualquer prejuízo à saúde do doador.
Podem doar pessoas com mais de 18 anos, com peso acima de 50 quilos, que não tenham tido doenças infecciosas (como hepatite e chagas) e que não sejam portadoras do vírus da aids. Antes da doação, os doadores passam por triagem médica.
Homens podem fazer quatro doações por ano, com intervalos de três meses cada. Já as mulheres podem fazer três, com intervalos de quatro meses. A Hemorrede é composta por 24 unidades distribuídas pelo Paraná e atende cerca de 400 hospitais e outros estabelecimentos de saúde.
Em Curitiba e região metropolitana, o Hemepar atende 40 hospitais, entre eles o do Trabalhador, Angelina Caron e São Lucas, na capital, que são responsáveis por atendimentos de urgência, traumas, transplantes, cirurgias cardíacas, entre outros procedimentos.