Os bancários do Centro administrativo Kennedy do HSBC, na Vila Guaíra, cruzaram os braços nesta terça-feira, 25, o, das 06 da manhã até às 09h40min. O objetivo é intensificar os atos durante a semana para pressionar as negociações com a Fenaban (Federação Nacional dos Bancos). Na última sexta-feira, a federação ofereceu apenas 4,82% de reajuste salarial, o que se limita à reposição da inflação (INPC).  Durante a assembléia realizada com os funcionários do HSBC, a presidente do Sindicato dos Bancários de Curitiba e Região, Marisa Stedile, afirmou que a oferta dos bancos "é um bom começo". "Esse é um passo importante, mas não podemos parar por aí. Nosso desafio agora é o aumento real e vamos batalhar por ele. Os bancos devem e podem pagar mais".

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Durante o ato, a categoria mostrou que está unida nas reivindicações e que vai parar se não houver uma melhor negociação com os bancos. Na próxima quinta-feira, dia 27, os bancários realizam assembléia decisiva na nova sede cultural e esportiva do sindicato no bairro Rebouças. A expectativa é votar pela greve.

Dia decisivo

Estimulados pelo ganho real nos últimos três anos, os bancários preparam-se hoje para uma nova rodada de negociação com a Fenaban, em São Paulo. O índice definido pela categoria, em pesquisa nacional, é de 10,3% ( inflação do período mais 5,5% de aumento real).

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A alta lucratividade dos bancos demonstra que não há empecilhos para atender as reivindicações dos funcionários. No período de 2005 a 2006, os 10 maiores bancos apresentaram crescimento em seus lucros líquidos de 19,72% e no primeiro semestre deste ano, lucraram R$ 17 bilhões, segundo dados do Dieese.
 
Já os bancários, no período de 2004 a 2006, acumularam somente uma média de 1,09 % de ganho real. "Não abrimos mão do aumento real. Sabemos que podemos e vamos conquistar ainda mais. Queremos acabar com esta desigualdade brutal", argumenta Otávio Dias, representante do Sindicato no Comando Nacional da categoria.