O dia nesta terça-feira, 11, começou agitado para os mais de 1000 bancários do Banco do Brasil, situado na praça Tiradentes. O Sindicato dos Bancários de Curitiba e região e a Fetec-PR fecharam o prédio das 06h30min até às 09 horas para protestar contra a intransigência do banco em não agendar a primeira negociação de pauta específica com a categoria. Na pauta de reivindicações estão melhorias no Plano de Cargos e Salários e Cargos Comissionados e a isonomia entre os empregados antigos e novos (conhecidos como genéricos). Há mais de quinze dias os bancários tentam agendar uma reunião com a direção do BB.

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No "predião" da Tiradentes * como é conhecido funciona –  o controle do banco em Curitiba com diversos departamentos como Logística, Cálculo de operação, Engenharia, Fiscalização, Fiscalização da Carteira Rural e Compensação, além de cinco agências. O ato não comprometeu o atendimento à população.

A presidente do Sindicato dos Bancários, Marisa Stedile, relembrou os constantes processos de terceirização dentro do banco e alertou para uma privatização geral do BB no futuro. Desde 1994 o banco tem promovido processo de reestruturação. "Estamos indignados com a intransigência do banco que não cumpre o seu papel e ainda recusa-se a negociar com os trabalhadores", afirmou. O dirigente sindical do BB Gilberto Reck fez uma retrospectiva da postura do banco em relação aos funcionários, destacando a falta de condições de trabalho e mais dignidade. Segundo denúncias dos empregados do BB da Tiradentes, há superlotação na sede e funcionários trabalhando inclusive no espaço de lazer, onde está a churrasqueira.

O representante da Fetec-PR no Comando Nacional dos Bancários, Beto Von der Osten, relatou aos funcionários do BB sobre as negociações entre a categoria e os banqueiros. Von der Osten alertou para os pedidos de interdito proibitório que já estão sendo elaborados pelos bancos para frear as ações dos bancários e barrar as greves. "Se for necessário faremos uma greve 100%. A sociedade avança com a solidariedade de todos, com a consciência de classe. A nossa luta é livre, independente de governo", argumentou.

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O dirigente sindical do BB Pablo Ruiz Diaz cobrou um posicionamento do Ministro do Planejamento Paulo Bernardo * que tem sua origem política no movimento sindical e foi funcionário do Banco do Brasil * sobre o descaso da diretoria do BB em ouvir e atender as reivindicações da classe trabalhadora.

Nova negociação

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Nesta quinta-feira, dia 13, em São Paulo, haverá a segunda rodada de negociação entre o Comando Nacional dos Bancários (representantes dos bancários de todo o país que negociam durante a campanha salarial) e a Fenaban (Federação Nacional dos Bancos) para debater as cláusulas econômicas como índice, PLR e piso salarial.