O Sindicato dos Bancários de Curitiba e região protestou na manhã de ontem contra o projeto de lei que tramita na Câmara dos Deputados. A matéria regulamenta a terceirização dos empregados em empresas privadas e órgãos públicos. Para as centrais sindicais, a aprovação ampliaria a precarização das relações de trabalho.

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Com faixas contrárias ao projeto e até banda de música, os manifestantes iniciaram a mobilização em frente ao Palácio Avenida, às 10h30, e depois percorreram as principais agências do Centro. Os sindicalistas distribuíram à população e funcionários das agências panfleto sobre o projeto. O ato acabou por volta de 13h.

A categoria teme que, se for aprovado como está, o projeto permitirá a terceirização nas atividades-fim das empresas, o que é proibido pela legislação atual. Segundo o sindicato, os bancários estão entre os mais prejudicados, já que os empregos podem ser substituídos por trabalhadores que não terão os mesmos direitos garantidos em convenções coletivas. O documento tramita em Brasília desde 2004 e voltará à pauta da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania da Casa na terça-feira.

Reivindicações

A CUT propõe a proibição da terceirização na atividade-fim; a igualdade de direitos, condições de trabalho e salários de trabalhadores diretos e terceirizados; além da responsabilidade solidária entre empresas contratantes e contratadas. “Se hoje temos 12 milhões de terceirizados, com a abertura total podemos ter 44 milhões, ou seja, todos poderão ser terceirizados”, preocupa-se o secretário-geral da Força Sindical, Sergio Luiz Leite. Após reunião com representantes de trabalhadores, empresários, governo e parlamentares, o ministro do Trabalho, Manoel Dias, anunciou a instalação hoje de comissão para discutir o projeto. A ideia é chegar ao entendimento até terça-feira, um dia antes da votação na CCJ.

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