Os bancários de Curitiba e região rejeitaram a proposta apresentada pela Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) e, em assembleia realizada na noite de ontem, optaram pela greve. De acordo com o Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos Bancários de Curitiba e região, a partir da próxima terça-feira (30), todas as agências devem parar por tempo indeterminado.

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O pedido dos bancários era de 12,5% de reajuste, incluindo aumento real (acima da inflação), piso de R$ 2.979,25 e aumento maior para os vales refeição, alimentação e auxílio-creche/babá. A assembleia foi marcada para avaliar a proposta da Fenaban era de um reajuste de 7%.

A assembleia teve a participação de mais de 400 trabalhadores de bancos públicos e privados e os bancários aproveitaram para se organizar para o movimento de greve. “Chegou a hora de a categoria demonstrar a união que vem crescendo durante todo o processo da Campanha Nacional dos Bancários 2014, de ir para o enfrentamento. E os banqueiros só conhecem uma linguagem para reconhecimento do suor dos bancários, que é a greve”, convoca Elias Jordão, presidente do Sindicato.

Com a decisão, os bancários param até uma nova proposta da Fenaban. No ano passado, os bancários de Curitiba realizaram uma paralisação de 23 dias. Na época, a categoria conseguiu um reajuste salarial de 8%, aumento de 8,5% sobre o piso salarial, gerando um ganho real de 2,29%, aumento de 10% sobre a parcela fixa da Participação de Lucros e Resultados; e elevação de 2% para 2,2% no percentual de lucro que deve ser distribuído pelos bancos.

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Durante as últimas negociações, a categoria não entrou em greve apenas em 2003, quando o reajuste acordado foi de 12,6%.

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