Bancários de todo o País devem entrar em greve a partir do próximo dia 19. Após negociações com a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), na quinta-feira, a proposta apresentada foi recusada pela categoria. A rejeição ocorreu na mesa de negociação e não há indícios de nova tentativa de acerto. A Fenaban diz que a proposta é “final” e “para fechar negócio”. Os bancários se preparam para iniciar a paralisação.
De acordo com Otávio Dias, presidente do Sindicato dos bancários de Curitiba e região, a proposta desagrada em todos os itens contidos nas reivindicações. Nenhuma exigência foi atendida e os bancários estão insatisfeitos. Os 6,1% oferecidos pela Fenaban não alcança nem os 6,6% da inflação de setembro de 2012 até este mês. Otávio cita também as questões pessoais. “Não falaram nada sobre as metas abusivas e o assédio moral.” Por orientação do Comando Nacional dos Bancários, está marcada assembleia para quinta-feira no Espaço Cultural e Esportivo dos Bancários. Na pauta a recusa da proposta e encaminhamento da greve. Outro encontro será realizado dia 18 e no dia seguinte a deflagração da greve nacional.
Clientela
O Sindicato dos Bancários informou que incentiva o funcionamento dos autoatendimentos, para que os clientes não sejam prejudicados, mas isso será definido em assembleia e depende de cada banco. Os serviços que necessitam de funcionário só retornarão no fim da greve. A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) esclarece que “a população tem à disposição uma série de canais alternativos para as transações financeiras. Os bancos oferecem aos clientes opções como caixas eletrônicos, internet banking, o aplicativo do banco no celular (mobile banking), operações bancárias por telefone e também pelos correspondentes, que são casas lotéricas, agências dos Correios, redes de supermercados e outros estabelecimentos comerciais credenciados”.
Federação aponta avanços na convenção coletiva
A Fenaban informou, através de nota, que o piso da categoria subiu mais de 75% nos últimos sete anos e os salários reajustados em 58% com inflação de 42%. “A convenção coletiva do setor bancário evoluiu de forma significativa, resultando na valorização constante do processo de negociação, que a diferencia e a torna única em relação a outras categorias profissionais.” A federação diz ainda estar aberta a negociações.