Um método de produção artesanal e familiar que se tornou sinônimo de sucesso: a fábrica de balas de banana de Antonina é uma das mais tradicionais do litoral do Estado, que neste ano completa 30 anos de fundação e chega a produzir até 10 mil quilos do produto por mês.

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Mais de 80% da produção da bala é comercializada em Curitiba e região, ficando apenas 5% no próprio litoral. Por isso, o maior número de turistas durante a temporada, nos primeiros meses do ano, não chega a interferir nas vendas, que aumentam no início do inverno.

“No verão as pessoas querem é sorvete”, observa o proprietário da fábrica, José Carlos Correa. O produto chega também a locais como Brasília, São Paulo, Rio de Janeiro, Recife, Minas Gerais e Amazônia.

O segredo do sucesso do trabalho, que começou como atividade complementar à produção de palmito, está na organização e na participação da família de Correa em todas as etapas do processo, desde a compra da banana caturra, matéria-prima do produto, até a entrega final.

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Toda a banana adquirida pela empresa vem de pequenos agricultores que plantam a fruta em Guaraqueçaba e Antonina. “É banana orgânica, plantada sem a utilização de agrotóxicos”, afirma Correa.

Foi preciso muita determinação e criatividade para atrair os primeiros consumidores e difundir a iguaria. Como ainda não era conhecida, a bala disputava espaço com outros doces mais famosos.

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“Para atrair as pessoas, íamos pessoalmente nas barraquinhas de venda desses produtos, deixávamos uma pilha bem grande com as balas e oferecíamos um pedaço para quem passava, o que estimulava a compra”, relembra o dono da fábrica.

Mas o comércio só começou a dar realmente certo três anos depois de iniciado. Como havia a outra renda, com a venda do palmito, até que o produto se tornasse escasso na região, as experiências iniciais com a bala foram sendo feitas aos poucos, com cuidado, até se chegar à fórmula adotada até hoje.

“Santa Catarina tinha fábricas de banana e, como aqui no litoral tem muito dessa fruta, aproveitamos a ideia. A fórmula pronta que veio para a gente não deu certo. Então trabalhávamos meio dia no negócio do palmito e o outro meio dia na produção da bala”, lembra o dono. Rotina bem diferente da atual, em que o método e as fases pelas quais a produção da bala passam ocupam praticamente 24 horas da família Correa.