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Bairro Alto tem time com elenco de ex-atletas

O Clube Atlético Bairro Alto tem feito a alegria dos moradores da região na temporada deste ano da Suburbana. O time está na reta final da competição e os jogos no pequeno Estádio Pedro Almeida Andrade, onde cabem apenas mil espectadores, têm recebido mais do que o dobro da sua capacidade. A receita para o sucesso dentro e fora dos gramados é a estratégia agressiva de contratações adotada pela diretoria.

O elenco está recheado de ex-jogadores profissionais aposentados, que já foram campeões brasileiros e disputaram a Série A por grandes clubes do País. Só para esta temporada, o Bairro trouxe o atacante Alex Mineiro e o zagueiro Rogério Corrêa, heróis do título brasileiro do Atlético em 2001, os volantes Douglas Silva e Alex Lopes, que também defenderam o Furacão, e os atacantes Edmílson, ex-Palmeiras e Coritiba, e Reinaldo, que explodiu no Atlético-MG nos anos 90. Além disso, o zagueiro Nem, capitão campeão brasileiro pelo Rubro-Negro, é o treinador da equipe.

Atila Alberti
Paulo: bairro empolgado.

“Tudo começou quando começamos a conversar com Sidney Alves, dono de uma empresa de metalurgia e que resolveu patrocinar o Bairro Alto. Ele disse que tinha o contato de todos e resolveu tentar. Deu certo e agora estamos com um time galáctico”, diz Cláudio Cunha, presidente do Clube Atlético Bairro Alto. “Pior que eu sou coxa-branca doente e tenho que ver os atleticanos jogando no meu time”, brinca.

Apesar do timaço, Cunha acha difícil o Bairro Alto conquistar o bicampeonato da competição. “No ano passado, com muito trabalho, chegamos ao título. Mas esse ano está complicado. Têm times mais entrosados, jogando há mais tempo, há quatro ou cinco meses, e isso é fundamental na Suburbana. Temos um time, mas não temos um grupo”, comenta.
Cunha afirma que, apesar das contratações de luxo e estádio cheio nos jogos, a conta do departamento de futebol do Bairro Alto não fecha. “Por enquanto só está saindo e não entrando dinheiro. A gente espera que as empresas da região apostem e patrocinem o clube. Se houver esse apoio, vamos continuar a trazer esses medalhões pra jogar aqui. Além disso queremos melhorar a estrutura do estádio. Quanto mais apoio, mais estrutura e time forte”, afirma.

Atila Alberti
Cláudio: sou coxa-branca e tenho que ver os atleticanos no meu time.

Torcida aprova

Apesar do tom de desânimo do presidente, a torcida quer que o clube mantenha os astros no time. O jardineiro Paulo Roberto é torcedor do Bairro Alto e “administrador” do Estádio Pedro Almeida Andrade. Ele cuida do gramado e faz os pequenos reparos que a estrutura exige. Seu Paulo conta que nunca viu tanta euforia por parte da torcida. “Todo o jogo é casa cheia. Agora que entramos na reta final, os torcedores e moradores estão animados. O bairro todo está empolgado com o time. Tem que ficar assim pra sempre. Estádio cheio e time bom”, diz o funcionário torcedor do Bairro Alto.

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