Para as crianças, a terça-feira de Carnaval foi animada, em Curitiba. Houve baile infantil no Clube Literário e no ginásio municipal do Bairro Novo. Além de uma boa opção de diversão, as matinês foram espaços de liberdade. Acompanhando a criançada, os adultos aproveitaram a chance e também caíram na folia.
Foi o segundo dia de baile infantil no Clube Literário. Assim como no primeiro dia, com um público em torno de 800 pessoas, a animação foi grande. ?É importante para não deixar o Carnaval morrer. Eu mesmo não perdia um baile. Hoje, com quase 70 anos, trago meus cinco netos?, afirma o coordenador do clube, Antônio da Cruz.
Vestidas de super-herói, fada, pirata ou odalisca, as crianças brincavam e aguardavam, ansiosas, o resultado do concurso de fantasia mirim. Sônia Moreira, com as duas filhas, Beatriz e Rafaela, e a sobrinha Bruna, decidiu ontem mesmo que iria ao baile. ?Acordei às 8h e tive que improvisar para conseguir fazer as fantasias. Usei o que eu tinha, até desmanchei um vaso para aproveitar as flores?, conta ela, que estava tão animada quanto a criançada.
A jornalista Ana Tereza Motta levou a filha, Ana Júlia, de um ano, para aproveitar o primeiro Carnaval. Ela aproveitou também para relembrar a infância. ?Eu vinha quando era criança e hoje trouxe minha filha. Baile de Carnaval no clube é uma tradição, que não pode ser quebrada. Como nossos pais nos trouxeram, nós também trazemos os filhos?, diz.
No ginásio do Bairro Novo também teve baile animado e concurso. Quem não tinha fantasia, lá ganhava uma. A fila para ganhar uma maquiagem de Carnaval era grande. De acordo com a coordenadora da festa, Luzia da Silva, ?muitas crianças da periferia não têm acesso a clubes, por isso é importante que se tenha um baile próximo de casa e gratuito?.
Uma das mães que pulava o Carnaval no Bairro Novo era Zilma Fraga. Mesmo morando, há seis anos, em Fazenda Rio Grande, ela fez questão de participar e levar os filhos. ?Eu adoro pular Carnaval. Não perco um baile aqui?, diz ela. Já Márcia Godói, também junto com os três filhos, participava do baile pela primeira vez. ?É um momento de cultura e alegria. Os adultos voltam a ser crianças e as crianças, pulando, podem se tornar adultos mais felizes?, afirma a mãe, moradora do Umbará.
