Bactéria atinge outro hospital em Londrina

A bactéria multirresistente Klebsiella (KPC), que interditou o pronto-socorro do Hospital Universitário (HU) de Londrina esta semana, atingiu um segundo hospital na cidade do norte do Paraná.

Ontem, a direção do Hospital Evangélico confirmou que tem seis pacientes “colonizados”. Eles estão isolados e sendo tratados com antibióticos. No HU, 24 pacientes contaminados pelo organismo continuam internados.

Cinco já receberam alta e 20 pessoas seguem com suspeita de contágio. Uma reunião, ontem de manhã, entre representantes dos hospitais da cidade com a Secretaria Municipal de Saúde, resultou na criação de uma comissão de infectologia para monitorar constantemente as casas de saúde, a fim de evitar um novo surto desta bactéria multirresistente.

De acordo com a diretora-superintendente do HU, Margarida de Fátima Fernandes Carvalho, o encontro foi bem produtivo. “Estamos satisfeitos com a reunião, uma vez que as autoridades estão cientes de que não se trata apenas de um problema do HU, mas sim de toda a cidade”, afirma.

Desde que o pronto-socorro do HU foi interditado, várias estratégias foram adotadas para evitar o alastramento da bactéria.“Visitas foram restringidas, a higienização das mãos está redobrada, a limpeza do ambiente está ainda maior, os locais contaminados seguem isolados, entre outros cuidados”, cita Margarida.

Pacientes que não apresentam situações de risco de morte estão sendo transferidos para os outros hospitais de Londrina. “Só estão vindo para cá casos de extrema urgência, como os com queimaduras sérias, porque nós somos referência neste tratamento”, informa.

A diretora de auditoria, controle e avaliação da Secretaria Municipal da Saúde, Rosangela Libanori, espera que o pronto-socorro volte a funcionar o mais rápido possível, pois a demanda está bem alta.

“A situação está difícil porque os pronto-socorros dos outros hospitais estão trabalhando na capacidade máxima. Com a criação desta força-tarefa, pelo menos podemos enxergar uma luz no fim do túnel”, avalia.

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