O governador Roberto Requião autorizou na reunião de ontem da Operação Mãos Limpas, a construção de 50 celas pré-moldadas de concreto, com capacidade para seis presos cada uma, que serão utilizadas para abrigar os presos das delegacias que precisam passar por reformas. Atualmente há 32 delegacias no Estado sem condições mínimas de funcionamento, informou o delegado-geral da Polícia Civil, Jorge Azôr Pinto.
Uma comissão formada por representantes das secretarias de Obras Públicas e Segurança Pública iniciam nesta semana visitas às delegacias para fazer um relatório da situação e dar início às reformas necessárias. Segundo o secretário de Obras, Luiz Caron, a principal vantagem desses módulos prisionais está na sua mobilidade. “Cada peça pesa cerca de 4.500 quilos e pode ser carregada por caminhão comum com guincho. Além disso, o sistema permite juntar as peças de acordo com a necessidade de número de vagas”, explicou.
As celas possuem sanitário, incluindo chuveiro, e são altamente seguras. O custo de cada uma delas gira em torno de R$ 22 mil e os recursos para a construção já estão garantidos pelo tesouro estadual.
As primeiras unidades deverão estar prontas no prazo máximo de 60 dias, tempo suficiente para o início das reformas. O modelo será utilizado também na reforma da delegacia de Campo Mourão, que já teve início e, segundo o governador Requião, será realizada em parceria com a Prefeitura Municipal. “Repassamos R$ 150 mil para a Prefeitura executar as obras, porque entendemos que dessa maneira a reforma será mais rápida”, esclareceu o governador.
Projetos
arquitetônicos
Requião também anunciou, na reunião da Operação Mãos Limpas, a intenção de promover concursos para projetos arquitetônicos penitenciários, a exemplo do realizado pela Secretaria de Desenvolvimento Urbano para atender as necessidades das prefeituras paranaenses. “Pretendo fazer um estoque de projetos, aproveitando não somente o vencedor mas também o segundo e terceiro premiados, o que nos dará uma multiplicidade de opções para futuras obras”, disse o governador. Ainda segundo Requião, o Estado conta com um número pequeno de arquitetos e os concursos podem ampliar o debate, melhorar a relação custo/benefício das obras e trazer novas idéias.