Aumentam incêndios florestais no Paraná

A estiagem, que fez cerca de 50 municípios do Paraná decretarem estado de emergência, está colocando o Estado em alerta para o aumento dos casos de incêndios florestais. As ocorrências, que são mais comuns entre os meses de julho a outubro, ganharam mais evidência no mês de fevereiro e podem aumentar ainda mais neste mês. As regiões Centro e Centro-Oeste do Estado são as que concentram a maioria dos focos.

De acordo com dados do Corpo de Bombeiros, em janeiro deste ano foram registrados 77 focos de incêndios florestais no Paraná. Em fevereiro esse número saltou para 754.

Durante o ano de 2004 foram registrados 3.200 incêndios, que destruíram um total de 8.312 hectares. Uma das ocorrências de maior proporção foi registrada na segunda-feira passada, no município de Bituruna, na região de Guarapuava.

O fogo atingiu uma área de reflorestamento de aproximadamente 300 alqueires. Porém, o Corpo de Bombeiros só foi avisado três dias após o início do incêndio, e ainda ontem trabalhava para controlar alguns focos ainda ativos no local.

Para o chefe da Divisão de Defesa Civil Estadual, capitão Maurício Genero, as ocorrências de incêndios florestais são atípicas para esta época do ano. "Os incêndios se somam a diversos problemas que precisam ser enfrentados nos municípios atingidos pela estiagem.

?Além da seca e da necessidade de racionar a água, nessa situação, qualquer descuido pode se transformar uma pequena chama num incêndio de grandes proporções", falou. Porém, eles servem para alertar esses, e outros municípios, sobre a necessidade de constituírem comissões locais da Defesa Civil. Para ele, a ocorrência em Bituruna mostrou isso. "Como não existia nenhum monitoramento na região e os órgãos de segurança só foram avisados três dias após o incidente, as proporções do incêndio foram muito maiores. Se existisse uma comissão que avaliasse o problema, o comunidado teria sido feito no mesmo dia", afirmou.

Situação

O incêndio florestal é considerado todo o fogo sem controle sobre qualquer vegetação, podendo ser provocado pelo homem – intencionalmente ou por negligência -, ou por fonte natural, como raios.

Segundo o relações públicas do Corpo de Bombeiros, Marcos Galeazzi, os incêndios em beiras de estradas, provocadas por cigarros jogados pelos motoristas, são as principais causas das ocorrências florestais.

Para tentar reverter essa situação, o tenente ressalta que a comunidade precisa colaborar. "É preciso ter em mente que qualquer fagulha pode provocar um incêndio", declarou, destacando que alguns cuidados simples devem ser adotados: evitar jogar tocos de cigarro nas rodovias, apagar bem as fogueiras em acampamentos, não queimar o lixo doméstico ou grama e evitar as queimadas. "E a qualquer sinal de fumaça avisar o Corpo de Bombeiros através do 190, em Curitiba, e 193 no interior do Estado", ponderou Galeazzi.

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