Aumentam casos de queimaduras por águas-vivas no litoral

Os guarda-vidas do litoral paranaense atenderam no período de Natal e ano novo cerca de 60 casos de queimaduras por águas-vivas por dia. O número surpreendeu os bombeiros, pois no mesmo intervalo de tempo no ano passado não houve sequer registros de acidentes.

De acordo com o relações públicas do Corpo de Bombeiros do Paraná, tenente Leonardo Mendes, a aglomeração de pessoas na praia em função dos feriados, aliada às águas quentes do litoral paranaense, podem explicar a grande quantidade de águas-vivas no mar. ?A nossa orientação é sair logo da água e procurar um posto de guarda-vidas para passar vinagre na queimadura?, disse o tenente. Os casos de queimaduras estão freqüentes em várias regiões do País. Em Florianópolis (SC), principalmente nas praias de Joaquina e Mole, mais de 100 pessoas foram atendidas no período de Natal e ano novo. No Rio Grande do Sul, a quantidade também impressiona: foram cerca de 500 casos por dia entre os 22 de dezembro e 1.º de janeiro.

No Paraná, nenhuma pessoa com queimaduras graves foi atendida no Hospital Regional do Litoral, segundo a médica infectologista e intensivista da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do local, Lúcia Eneida Rodrigues. Ela ressaltou que as pessoas que forem atingidas por uma água-viva não devem jamais bater as mãos sobre a queimadura, pois só piora. ?Deve-se apenas jogar muita água salgada no local, nunca água doce, e não dar tapas na região atingida. As microvesículas dos tentáculos acabam grudando no corpo e se mexermos queima mais ainda?, alertou.

Segundo a médica, a recomendação é sair da água com calma e usar o vinagre. Se a dor não melhorar depois disso, deve-se colocar gelo e procurar um médico, pois os casos mais graves podem resultar em choques anafiláticos – cãimbras, queda da pressão arterial e do corpo, dificuldade para respirar e delírios.

O meteorologista do Instituto Meteorológico Simepar, Samuel Braum, comentou que o sul do País possui águas mais quentes, o que atrai as águas-vivas. ?O que ocorre é que quanto mais ao sul, mais quente é a água. Como esses animais ficam na região da Argentina, onde há águas mais frias, nessa época elas vêm para cá?, disse.

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