Aumenta preocupação com afogamentos no verão

Pelo menos 81 pessoas morreram afogadas em Curitiba e Região Metropolitana no ano de 2006. Em todo o Estado foram 146 ocorrências. No ano passado, somente durante o verão, houve 34 vítimas: 13 nas praias e outras 21 em cavas, rios e represas. Mais de 90% das vítimas eram homens na faixa etária dos 10 aos 30 anos. Em época de calor e feriadões prolongados, todo cuidado é pouco na água, seja em praia, piscinas, e, principalmente, em locais proibidos para banho, como as cavas.

O tenente do Corpo de Bombeiros do Paraná, Leonardo Mendes dos Santos, faz um alerta para as pessoas que costumam ir à praia ou nadar em rios e piscinas. Segundo ele, na praia não se deve entrar no mar antes das 8h e depois das 20h, pois nesses horários não há guarda-vidas. Respeitar as placas de perigo e não beber, principalmente antes de entrar na água, são outras recomendações do tenente. Quando se trata de cavas, rios e represas, ele recomenda um cuidado ainda maior. Além de serem proibidos para banho, não há guarda-vidas nesses locais. Ele conta que há muitos casos de pescadores que acabam se afogando também. ?Não há como disponibilizar bombeiros para esses locais, pois nós estaríamos colocando em risco a vida dos profissionais, na medida em que são lugares perigosos, e ainda incentivando uma prática que jamais deve ser estimulada?, afirma.

Neste ano, haverá 94 postos de guarda-vidas no litoral paranaense e 400 homens vão trabalhar na segurança dos banhistas. No total, serão 670 bombeiros. O tenente avisa que as placas de perigo já estão colocadas nos pontos perigosos e está sendo feita a distribuição de panfletos para alertar a população. Para as crianças, os pais devem procurar as pulseirinhas de identificação, caso ocorra um desaparecimento na praia. ?É importante sempre se banhar próximo aos postos?, afirma.

Crianças

Quando se trata de crianças, todo cuidado é pouco. Das 81 mortes por afogamento ocorridas em Curitiba e Região Metropolitana neste ano, 41 eram crianças. Em 2003, foram 23 casos. Somente no ano passado na praia, das 13 vítimas, duas eram crianças. A maior parte delas tinha idade entre um e quatro anos, período considerado mais perigoso ainda pela ONG Criança Segura, de Curitiba.

De acordo com a coordenadora regional da ONG, Alessandra Françóia, crianças com até quatro anos de idade têm a cabeça mais pesada e por isso podem se afogar em apenas dois centímetros e meio de água. ?Ela pode se afogar até mesmo nos pequenos descuidos dos pais, em um balde, uma banheira ou um tanque cheio de água. Mas o mais triste é que a maioria delas acaba morrendo?, afirma. Alessandra recomenda que os pais ensinem seus filhos a nadar a partir dos 4 anos de idade. 

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