Aumenta paralisação de servidores

Os servidores do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) de Paranavaí, Umuarama, Assis Chateaubriand e União da Vitória aderiram ontem à greve dos servidores do Instituto, desencadeada no dia 2 de junho em todo o Brasil por tempo indeterminado. Além de reestruturação da carreira, os grevistas querem reajuste salarial de 18% para compensar as perdas que eles afirmam ser de 63%, acumuladas desde o governo Fernando Henrique.

De acordo com Hélio de Jesus, secretário de imprensa do Sindicato dos Servidores Públicos Federais de Saúde e Previdência Social do Paraná (Sindprevs), cerca de 65% da categoria no Paraná está em greve. Somente os atendimentos de urgência e os agendados estão sendo feitos. ?Estamos cientes de que até amanhã (hoje), pelo menos, só vai se falar em CPI em Brasília. Mas já falamos com o presidente da Câmara, Severino Cavalcanti, e estamos procurando outros parlamentares sensíveis aos movimento para tentarmos uma negociação com o governo?, disse.

Segundo Jesus, o governo federal mostra uma indiferença irresponsável com a mobilização dos servidores do INSS. ?A única maneira de mudar isso é aumentando a aderência ao movimento?, disse.

Para isso, estão sendo realizadas em todo o Paraná assembléias para aumentar o número de grevistas. Em Cambé e em Campo Mourão, os sindicalistas estão mobilizando a categoria e hoje deve haver um posicionamento sobre novas adesões. Em Curitiba e RMC, o Sindprevs informa que a greve, apesar de parcial, abrange quase todas as agências do INSS.

Multa

A decisão da Justiça Federal de multar em R$ 10 mil por dia o Sindicato dos Trabalhadores em Saúde e Previdência Social no Estado de São Paulo, toda a vez que a paralisação atingir mais de 40% do quadro de funcionários, não assustou os grevistas. Segundo Jesus, que também faz parte da diretoria da Federação Nacional dos Sindicatos, a determinação está sendo cumprida em São Paulo. ?Eles pedem manutenção de ao menos 60% do quadro da Previdência, não apenas dos servidores do INSS. Isto está sendo cumprido, já que muitos fiscais, auditores e peritos da previdência estão trabalhando?, diz. De acordo com o dirigente, o mesmo acontece no Paraná. ?Vamos continuar em greve, independente do que aconteça, se não houver negociação.?

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