Aulas suspensas depois do vandalismo

Segundo Nascimento, foram levados um computador, dois videocassetes e um aparelho de DVD. "Eles entraram na secretaria, roubaram toda a parte documental da escola e dos alunos. O computador que levaram continha todas as informações da vida acadêmica dos alunos", conta o professor, que não se identificou. "Além disso, os bandidos entraram na cantina, roubaram alimentos e urinaram e defecaram em toda a comida. Não há nem merenda para os alunos", acrescenta. Dois homens foram presos na manhã de ontem pela Patrulha Escolar e confessaram ter participado da invasão. Um deles é menor de idade. Eles foram encaminhados para a Delegacia de Polícia Civil de Almirante Tamandaré.

Vigia

Segundo o diretor do Ajambi, o colégio fica fechado nos fins de semana e não há vigias. "No ano passado, até março, existia um guarda municipal que ficava no local, mas como o colégio é do Estado, a Prefeitura retirou o funcionário", revela. Nascimento informa que no dia 28 de março, depois de um dos assaltos, enviou um ofício para a Secretaria Estadual de Educação e para o Núcleo Regional pedindo a instalação de um alarme monitorado ou a contratação de um vigia. "Recebi a resposta no dia 11 desse mês dizendo que no quadro de funcionários do Estado não existem vagas para vigias e que se eu colocasse deveria responder por isso", relata, indignado.

De acordo com o professor, os assaltos começaram esse ano. "Antes, com o vigia, o colégio nunca havia sido assaltado". Nos outros assaltos ocorridos em 2006, entre outras coisas, os bandidos levaram uma TV, uma câmera fotográfica e uma filmadora. "Agora quebraram diversas janelas e grades, além de quase todas as portas. Como a escola vai ficar à noite? Toda aberta e sem ninguém para vigiar?", indaga o professor.

Estado

A Secretaria Estadual de Educação, através da sua assessoria de imprensa, informou que o colégio não tem espaço físico para a construção de uma casa de zelador, onde um policial militar passaria a residir para garantir a segurança. O Instituto de Desenvolvimento Educacional do Paraná (Fundepar) esteve ontem no colégio para avaliar os estragos, mas até o fechamento dessa edição não se posicionou sobre o valor do prejuízo para o colégio e nem de quanto tempo será necessário para repor os equipamentos e o patrimônio. A Secretaria de Educação informou que vai aguardar o relatório da Fundepar para tomar as providências necessárias a fim de evitar novas invasões.

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