Ano sem fim

Aulas na rede estadual devem se estender até fevereiro

Se a greve dos professores terminasse hoje, o calendário só seria finalizado em 2016. A avaliação é da secretária da Educação, Ana Seres Comin, que reforçou ontem o apelo pra que a categoria volte às salas de aula. O governo do estado se mantém fechado a negociações e insiste em conceder reajuste de 5% nos salários. Os professores esperam ao menos a reposição da inflação dos últimos 12 meses, calculada em 8,17%.

Ontem, professores em todo o Paraná protestaram em frente aos 32 Núcleos Regionais de Educação (NREs) do estado. A manifestação ocorre num momento em que a Secretaria da Educação se prepara pra lançar as faltas dos servidores, conforme anunciado pelo governo na semana passada. As ausências geram desconto salarial e, a partir daí, os professores não são obrigados a fazer a reposição das aulas perdidas.

Em relação ao lançamento das faltas, Ana Seres Comin adotou um discurso mais ameno do que o do Palácio Iguaçu. Questionada sobre como será feita a reposição das aulas, a secretária não descartou anular as faltas futuramente. “É uma decisão pra tomarmos quando finalizarmos a greve. Com o retorno, vamos dialogar. Se houver a disponibilidade e a vontade de reposição, evidentemente isso fará parte das negociações”, afirmou ela.

O lançamento das faltas, que no entendimento do governo seria feito desde o dia 27 de abril, depende do envio de informações dos diretores de escolas aos núcleos de educação. Segundo a APP-Sindicato, que representa os servidores da educação, a maioria dos diretores aderiu à greve e a orientação é pra que eles não façam o registro das faltas. Diretores de escolas de Ponta Grossa, Maringá, Guarapuava e Londrina já avisaram que não irão entregar o relatório de frequência dos professores.

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