Acontecem hoje e amanhã as audiências públicas nas cidades de Ortigueira e Telêmaco Borba sobre a implantação da Usina Hidrelétrica (UHE) Mauá, no Rio Tibagi. Essa é uma das hidrelétricas que irá à leilão pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) até o final do ano. Somente dessa etapa o empreendedor poderá começar as obras. A UHE Mauá é a primeira de sete usinas que poderão ser instaladas na Bacia do Tibagi.
Segundo Kalil Farran, gerente de estudos ambientais da CNEC Engenharia – empresa responsável pelos estudos técnicos, de viabilidade e ambientais da usina Mauá -, a população local tem a necessidade de obter informações sobre os compromissos do futuro empreendedor quanto ao pagamento de indenizações, reassentamentos e recomposição de infra-estrutura, como sistema viário que será alagado com a formação do reservatório. A dúvida das prefeituras municipais é quanto ao ônus social que uma obra como esta pode trazer para a região.
O Ministério Público Federal (MPF) em Londrina havia recomendado, no final de julho, que as audiências fossem suspensas e que o Instituto Ambiental do Paraná (IAP) transferisse o processo para o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Renováveis (Ibama). A mudança deveria ser feita porque a usina atingiria comunidades indígenas da região. ?O IAP se pronunciou dizendo que discorda e o Ibama pediu quinze dias para se colocar a par do processo?, diz o procurador federal João Akira Omoto.
Justamente em função dessa solicitação do órgão federal, o MPF decidiu não interpor nenhuma medida judicial para impedir a realização das audiências públicas. A UHE Mauá tem capacidade de 382,2 megawatts de potência instalada.
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