Os trabalhadores grevistas da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) e representantes da estatal vão se encontrar em uma audiência de conciliação e instrução no Tribunal Superior do Trabalho (TST), marcada para a próxima quinta-feira.

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Até lá, o vice-presidente do TST, ministro João Oreste Dalazen, determinou que sejam mantidos 30% dos funcionários em cada unidade dos Correios, sob pena de multa diária no valor de R$ 50 mil. As decisões foram tomadas depois que os Correios recorreram ao TST para dar início ao dissídio coletivo, na última sexta-feira.

Nos processos de dissídio coletivo, a primeira etapa é a tentativa de conciliação, quando as partes sentam-se à mesa de negociação junto com um ministro instrutor e tentam chegar a um acordo.

Não havendo entendimento, ou caso as partes rejeitem eventual proposta formulada pelo Tribunal, o processo será encaminhado a um relator sorteado, a quem caberá examiná-lo e levá-lo a julgamento.

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“Fizemos nova assembleia (ontem) e a greve continua, pelo menos até a audiência no TST”, informou o secretário-geral do Sindicato dos Trabalhadores nos Correios do Paraná (Sintcom-PR), Nilson Rodrigues dos Santos.

Nos seis primeiros dias de greve da categoria, mais de 1 milhão de correspondências já deixaram de ser entregues no Paraná. Continuam suspensos os serviços com hora certa: Sedex 10, Sedex Hoje, Sedex Mundi e Disque-Coleta. O Sedex funciona, mas sem garantia de prazo para entrega.

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Para continuar o movimento grevista, hoje pela manhã os funcionários dos Correios de Curitiba vão se concentrar na Praça Santos Andrade e seguir em passeata até a Boca Maldita, no centro da cidade.

O Sintcom-PR, em nota, repudiou atitude dos Correios de informar que pagaria o reajuste de 9% proposto pela empresa já no salário de setembro. “Caso o pagamento dos salários conste, realmente, a implantação do reajuste proposto, a empresa estará pagando irregularmente, já que o acordo não foi aceito pelo trabalhadores”, diz o documento divulgado pelo sindicato.

O reajuste não foi aceito por 40 dos 45 sindicatos regionais da categoria, porque condicionava a aceitação da proposta a não negociação de um novo acordo coletivo em 2010.