Atravessar a BR-476 é um ato de bravura

Moradores da região do Pinheirinho, em Curitiba, reclamam da dificuldade para atravessar a BR-476, antiga BR-116. Não existe passarela ou qualquer tipo de redutor de velocidade no local. Em horários de picos, os pedestres chegam a esperar mais de dez minutos para atravessar as duas pistas. Acidentes são comuns no local.

Não é difícil encontrar algum morador da região que saiba alguma história de atropelamento. Mauro Afonso, 45 anos, diz que o último acidente que viu foi há dois meses, quando duas pessoas morreram. Para ele, que é catador de papel, atravessar a estrada é sempre motivo de preocupação. “É difícil empurrar (o carrinho). Tenho que atravessar bem rápido”, fala. Quando os filhos de 12 e 13 anos precisam atravessar, ele toma o cuidado de levá-los.

Junivalda Silva Paula, 49 anos, reclama que os moradores arriscam a vida todos os dias e uma passarela já resolveria o problema. Segundo a moradora, os pedestres não usam o viaduto que fica próximo, pois têm medo dos desocupados. “É longe e muito deserto. A gente já ganha pouco e ainda corre o risco de ser assaltado”, justifica.

Além da alta velocidade com que carros e caminhões passam pelo local, a falta de iluminação é outro problema. “Aqui é muito escuro. Os motoristas não vêem os pedestres”, comenta Jair Branco, 35 anos, que trabalha na região e atravessa a estrada todos os dias de bicicleta. Ele conta que já chegou a ficar mais de dez minutos esperando para atravessar a pista. Jair sugere redutores de velocidade.

Sem solução

Os moradores vão ter que esperar pela solução do problema. Segundo a Prefeitura de Curitiba, o local faz parte do trecho onde vai ser implantado o Eixo Metropolitano. O processo de transferência ainda não foi concluído e ele ainda pertence ao Departamento Nacional de Infra-Estrutura de Transporte (Dnit). Só com a conclusão do processo, obras e melhorias vão poder ser realizadas.

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