Os atrasos e cancelamentos de vôos continuaram ontem no Aeroporto Afonso Pena, em São José dos Pinhais, o que atrapalhou a viagem de muita gente no primeiro dia do feriadão de Finados. Das 6h às 17h, 32 vôos não saíram no horário e outros cinco foram cancelados. ?Vim para o aeroporto já sabendo dos atrasos, mas a passagem já estava comprada há dois meses?, disse apreensivo o empresário Raul Leal, que precisava chegar ao Aeroporto Internacional de Guarulhos para embarcar para a França, às 22h.
Apesar da Infraero afirmar que a média de atrasos ontem era de uma hora e meia, alguns vôos chegaram a ficar até cinco horas fora do horário. Um deles, que tinha como destino Londrina, tinha previsão de decolar de Curitiba às 10h35, mas só saiu às 15h30. Em Foz do Iguaçu, um dos vôos deveria ter saído em direção a Curitiba na noite de quarta-feira, mas pela manhã desta quinta estava atrasado. Resultado: foi cancelado. Além disso, o aeroporto da cidade ficou fechado durante algumas horas pela manhã por falta de visibilidade.
Quem não estava muito preocupado com os atrasos nos vôos eram os proprietários de lojas do aeroporto em Curitiba. Segundo a gerente da Livraria LaSelva, Graziele Akui, as vendas aumentaram 30% nas duas últimas semanas. ?Jornais e revistas são as grandes vedetes aqui na loja, mas como os atrasos estão ficando mais longos, estamos vendendo muitos livros também?, revela a gerente.
Direitos
No caso do passageiro ter algum problema com sua viagem, seja ele de cancelamento ou atraso do vôo, ele está amparado pelo Código de Defesa do Consumidor. O primeiro passo é dirigir-se ao balcão da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e registrar o ocorrido. No entanto, a própria Agência e a Infraero têm indicado que os passageiros procurem diretamente os balcões da companhia aérea para se informar sobre o tempo de atraso e medidas a serem tomadas.
É obrigação da companhia aérea embarcar o passageiro em até quatro horas do horário marcado no bilhete; caso não seja possível, de acordo com as normas internacionais de aviação, a empresa aérea deve pagar hospedagem e alimentação, se não conseguir colocar o passageiro num vôo no mesmo dia.