Foto: Fábio Alexandre |
Revitalização do trecho deve ser entregue em cinco meses. continua após a publicidade |
A demora para o término das obras de revitalização do trecho de 6,2 quilômetros da Estrada da Ribeira (BR-476), entre o trevo da Penha e o terminal Alto Maracanã, em Colombo, na Região Metropolitana de Curitiba (RMC), está criando problemas para a população local. As máquinas chegaram à região no fim do ano passado, quando o governo do Estado autorizou as obras, e deveriam permanecer até o meio deste ano. Mas o presidente da Coordenação da Região Metropolitana de Curitiba (Comec), Alcidino Bittencourt Pereira, admitiu que as obras só estarão finalizadas daqui a cinco meses.
O trecho urbano da estrada tem um grande volume de tráfego de veículos e pedestres e apresenta deficiência na sinalização, iluminação e equipamentos urbanos para travessia segura da via, o que deve ser resolvido com a revitalização. Mas, por enquanto a população local enfrenta grandes riscos de atropelamento e acidentes de trânsito.
Um dos trechos crônicos fica na confluência da Estrada da Ribeira com a Rua Abel Scuissiato, no bairro do Alto Maracanã. ?Há poucos dias tive que esperar uns 30 minutos para conseguir atravessar a estrada. A sinalização está muito ruim?, conta a moradora Rosana de Fátima dos Santos, que precisa passar a pé pela via todos os dias. ?E ainda preciso ser mais cuidadosa, já que estou com uma filha recém-nascida?, diz.
Ela cobra ao menos um sinaleiro ou passarela no local, assim como João Luiz Iachety, também morador da região. ?Depois que tudo ficar pronto, acho que ficará melhor. Mas, por enquanto está muito ruim para atravessar a via. Além disso, a terra, a poeira e o antipó da construção invadem a casa da gente. Deviam ter mais cuidado?, reclama.
Devagar
Na tarde de ontem, a reportagem de O Estado presenciou apenas umas poucas máquinas trabalhando na estrada e pouca movimentação de trabalhadores. Segundo o presidente da Comec, a lentidão nas obras se deve a ?problemas inesperados que acontecem nas áreas urbanas?. ?Fazer obra dentro de uma cidade é diferente do que numa estrada. Precisamos lidar com outras entidades, como a Sanepar ou as telefônicas, precisamos dar um jeito no trânsito, que causa interrupções provisórias. E essas coisas atrasam o cronograma?, explica. Pereira afirma que a chuva também atrapalhou os planos da revitalização, mas disse que não há problemas com os recursos destinados à obra. ?O governo do Estado está bancando 35% do valor e o restante vem do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Social). O dinheiro está assegurado?, garante.