Aterro do Abranches já está sendo desativado

Até o início da manhã de ontem, mais de cem caminhões de lixo tinham sido retirados do aterro irregular localizado no quilômetro 2 da Rodovia dos Minérios, no bairro do Abranches, em Curitiba.

E, mesmo assim, o foco de incêndio não foi descoberto e a fumaça se espalhava entre os entulhos. Conforme estimativa da Limpeza Pública da Secretaria Municipal do Meio Ambiente, o local acumula cerca de 30 mil metros cúbicos de lixo, volume produzido por Curitiba e Região Metropolitana em 20 dias. Não há previsão de quantos dias serão necessários para a retirada de todo o material, mas já foram reservados 30 dias para o trabalho.

Na terça-feira, foi repassado à imprensa que todo o lixo seria encaminhado para o aterro da Caximba. No entanto, os detritos estão sendo levados para uma propriedade particular no Abranches, que tem licença para funcionamento. Ontem, além da escavadeira hidráulica e caminhões que faziam o transporte do material, um caminhão-pipa estava de prontidão para qualquer eventualidade. Mas o risco de combustão já tinha sido descartado. Segundo o engenheiro sanitarista Luiz Celso, responsável pela destinação final de resíduos da secretaria, assim que for eliminado o foco de incêndio, o terreno será readequado e, então, será feita a avaliação se todo o material restante também será retirado.

Máscara

Em função do cheiro forte da fumaça, os tratoristas estão tendo que usar máscaras, bem como toda a equipe que precisa se aproximar do local. Apesar de alegarem que, desde terça-feira, o mau cheiro se espalhou pela região, os moradores contam que estão satisfeito com a eliminação do aterro. “Depois de prejudicar a saúde das pessoas, enfim foi tomada uma providência”, disse a servidora pública Elza Cesarina Castro, dizendo que chegou a ter náuseas devido à fumaça. A dona-de-casa Marta Rodrigues também comemora a retirada do lixão. “Agora que estão mexendo o cheiro está pior, mas graças a Deus vamos nos ver livre disso.” Ela, que em reportagens anteriores de O Estado relatou que não conseguia dormir direito à noite e que sua mãe estava acamada por causa de problemas respiratórios, espera que o trabalho termine o mais breve possível.

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