Foto: Daniel Derevecki

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O aterro começou a operar em 1989 e hoje recebe cerca de 2400 tonelas de lixo diariamente.

O Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia do Paraná (CREA-PR) fiscalizou na manhã desta terça-feira (20) o aterro sanitário da Caximba, na BR 116, em Curitiba.

O aterro começou a funcionar em 1989, quando recebia cerca de 850 toneladas diárias de lixo dos municípios de Curitiba, Almirante Tamandaré e São José dos Pinhais, e tinha a previsão de vida útil de 11 anos. Hoje, com 19 anos de funcionamento, recebe aproximadamente 2400 toneladas de material provenientes de 17 municípios, abrangendo a capital paranaense e toda a região metropolitana.

A coordenadora de resíduos sólidos da Secretaria Municipal do Meio Ambiente, Marilza Oliveira Dia, afirmou que desde o início do seu funcionamento, a Caximba já passou por duas obras de ampliação, teve melhorias operacionais e  faz o uso da reciclagem – são 550 toneladas diárias de lixo separado; fatores essenciais para a continuidade das operações do aterro e, principalmente, para a segurança deste processo de arrecadação e armazenamento do lixo. Ela também disse que um novo sistema de aproveitamento do material deverá ser implantado, mas como a licitação ainda não teve um desfecho, o aterro ainda é a melhor solução.

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A coordenadora ressaltou a importância da reciclagem. Ela contou que três dias de coleta de lixo reciclável equivalem a um dia de vida útil do aterro. Ela alertou à população a ter um consumo consciente, já que o lixo é inevitável. Reduzir a geração de lixo – descartando o uso de embalagens desnecessárias, por exemplo -, utilizar produtos recicláveis e fazer a separação deste material na hora de jogar fora são itens que permitem uma melhor condição para o tratamento do lixo.

Fiscalização

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De acordo com o CREA-PR, durante as vistorias está sendo analisado a condição das empresas terceirizadas responsáveis pela coleta e destinação final dos resíduos dos municípios. Os agentes fiscais verificam se essas empresas possuem registro, quem são os responsáveis técnicos, qual o tratamento e fase dos processos de fiscalização eventualmente gerados, entre outras situações.

Para Mário Guelbert Filho, o responsável pela gerência regional de Curitiba do CREA-PR, a principal intenção da fiscalização é a verificação de profissionais e empresas habilitadas para as atividades técnicas. Ele garantiu que até o momento nenhuma irregularidade foi constatada e que as condições gerais do aterro estão adequadas.

Filho destacou a importância de promover a defesa da sociedade e valorizar os profissionais da área técnica, garantindo a participação destes no aterro. O gerente regional explicou que a função destes profissionais é fazer o planejamento e o controle do aterro, sendo que a falta desta mão-de-obra especializada pode causar sérios danos à população.

O CREA-PR está desde o início deste ano desenvolvendo um programa de fiscalização nos aterros sanitários do Paraná. Até o final de julho as seis regionais do CREA no Estado devem mostrar o cenário estadual em relação aos aterros.