O governo garante que regularizou o repasse de verbas ao Hospital da Polícia Militar e promete que o atendimento aos servidores públicos será normalizado nos próximos dias. Desde o fim do ano passado, os pacientes enfrentam interrupções no atendimento, adiamento de consultas, exames e cirurgias e greves de funcionários.

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Segundo o superintendente do Sistema de Assistência à Saúde (SAS), José Fernando Macedo, o Fundo de Assistência à Saúde da Polícia Militar (FASPM), que administra o hospital, recebeu ontem a última parcela do repasse de R$ 16 milhões, referente a outubro, novembro e dezembro. “Do ano passado, não devemos mais nada. Nas próximas semanas faremos os repasses de janeiro e fevereiro”, afirma.

Queixas

O Hospital da PM é o único que atende os servidores públicos estaduais pelo SAS. A Tribuna visitou o local ontem e ouviu muitas reclamações de quem buscava atendimento. “Faz quase sete horas que estou esperando a consulta para minha esposa, que é diabética. Há quatro meses enfrentamos essa situação lamentável. Hoje disseram que o Pronto Atendimento pode até fechar por falta de médicos e medicamentos”, conta o policial aposentado Wilson Rodrigues da Costa.

O atendimento precário estaria, inclusive, causando mal-estar entre servidores militares e civis. “O militar desconta parcela extra do seu salário para o Fundo, para administração do hospital. Alguns entendem que os civis estão se aproveitando da estrutura que não pagam. Por que não descontam o mesmo do pessoal civil e fazem aqui um hospital do servidor público?”, questiona um policial da ativa, que prefere não se identificar.

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Atrasos

Segundo o superintendente do FAS, os atrasos ocorreram devido a problemas de documentação do FASPM. “O fundo estava com tributos atrasados e a legislação não permite os repasses nesse caso. Mas a situação já foi resolvida”, diz Macedo. A reportagem não conseguiu contato com os administradores do Fundo.

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