Com a chegada do verão, as pessoas preferem pratos mais leves e os pescados entram com maior freqüência no cardápio. No entanto, é preciso estar atento à qualidade dos produtos vendidos nas peixarias para evitar uma intoxicação alimentar. Segundo o serviço de vigilância sanitária da Secretaria Municipal de Saúde de Curitiba, o maior problema verificado durante as inspeções em 2005 foi a conservação inadequada dos produtos.
Este ano foram realizadas 43 inspeções em peixarias que vendem para o mercado atacadista e varejista. Além disso, foram vistoriados 982 supermercados e hipermercados da capital – parte deles também vende pescados. Segundo a coordenadora de vigilância sanitária, Rosana Zappie, em 41% dos estabelecimentos havia algum tipo de irregularidade e o problema mais comum foi a falta de refrigeração adequada dos produtos. Em alguns casos a temperatura estava inadequada e, em outros, os pescados não estavam suficientemente cobertos de gelo. Todos ganharam um prazo para se adequarem.
De acordo com o chefe da Divisão de Alimentos da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), Ronaldo Pizzo, a temperatura dos pescados resfriados pode variar entre 2ºC e 7ºC, e os congelados precisam estar a 18ºC negativos.
Mas não é só isso: o consumidor também precisa ficar de olho em outros aspectos na hora de comprar o pescado: na aparência e cheiro do produto e na higiene do local e do manipulador. Ronaldo explica que o peixe deve ter olhos salientes e brilhantes, as escamas não podem se soltar com facilidade e, quando apertado, a impressão digital não pode ficar funda, tem que voltar logo ao normal. Se o produto não apresentar essas características é sinal de que está alterado.
Camarão
No caso do camarão, a cabeça não deve se desprender com facilidade do corpo. É preferível que ele seja descascado na frente do consumidor, pois quando pronto, pode mascarar a situação do produto. Também é preciso observar com bastante cuidado o bacalhau. Ele tem que ter a cor amarelada e não avermelhada como o salmão.
