Astorga estuda mudança do hino oficial da cidade

Os nove vereadores de Astorga, na região Norte do Estado, têm em mãos um assunto bastante polêmico. O prefeito Carlos Abrahão Keide encaminhou à Câmara Municipal um projeto de lei propondo a realização de um concurso para ?elaboração e escolha de um Hino a Astorga?. A cidade já tem um hino oficial. Ou seja, esse seria um segundo, que pode ou não se tornar oficial. Uma sessão extraordinária está convocada para às 17h de hoje e pode ser que essa questão seja votada. Porém, não será fácil.

Ao contrário dos oito companheiros, da base do governo, que aguardam a sessão para opinarem, o vereador Marcos Cavallari (PHS), o único da oposição, afirma que trata-se de um exagero. ?Acho que esse gasto com o concurso, que propõe uma premiação de cinco mil reais ao vencedor, deveria ser utilizado em questões mais urgentes. Não tem necessidade de um novo hino?, reclama.

A justificativa do prefeito, segundo o Projeto 087 de 21 de novembro de 2005, considera que o hino vigente, de 08 de maio de 1964, estaria ultrapassado. O documento ainda pede a ?escolha de um Hino a Astorga, o qual venha refletir a situação atual do município?. Porém, o vereador afirma que muitos astorguenses acreditam que tal proposição teria até um cunho religiosos. ?Porque o refrão faz referência à Nossa Senhora de Aparecida?, diz Cavallari.

No entanto o prefeito, apesar de admitir que exista essa e outras polêmicas acerca do assunto, diz que não procede. ?Esse projeto tem finalidade mais cultural do que qualquer outra coisa. Queremos que seja feita uma música que identifique nossa cidade, história, povo e gente. E venha valorizar o município. Como tem a canção de Maringá e a Cidade Maravilhosa do Rio?, explica o prefeito.

Sobre a possibilidade da nova canção substituir o hino oficial do município, o projeto traz que esse seria um outro projeto de lei a ser votado após a escolha da música. ?A questão dele entrar ou não no lugar do hino oficial não vem agora, mas – se por consenso da cidade – vir a se tornar oficial, poderá acontecer?, admite Carlos Keide.

População

Na cidade as opiniões se dividem, mas parece que nunca pensou-se mudar de hino. Eudson Albino Marques, de 20 anos, acha que não precisaria alterar a música, mas se mudasse não haveria problema algum. Já o supervisor Aparecido Marcos tem uma opinião formada. ?Em princípio, eu sou contra?, opina.

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