Uma iniciativa da Associação das Mulheres Donas de Casa e Consumidores do Paraná (Ampar) quer mapear os casos de violência contra a mulher no Estado. A entidade está buscando parceiros para o trabalho, que deverá ter como fonte de dados as delegacias e hospitais, além de uma pesquisa que será realizada nos municípios paranaenses. Hoje, a Ampar oferece apoio a vítimas de violência, com atendimento psicológico e jurídico.
E foi a partir desse atendimento que a entidade resolveu ampliar os trabalhos e fazer um levantamento da situação da violência no Estado. A presidente da Ampar, Vera Lúcia Bartz, conta que partindo dos dados, a idéia é trabalhar com a prevenção. Segundo ela, já está editado um manual de violência contra a mulher, que tipifica os casos em violência sexual, física, psicológica, verbal, discriminação e ameaça.
Desde que iniciou o atendimento, há três meses, a associação fez o acompanhamento de 29 casos. Vera Lúcia acredita que esse número ainda é pequeno, pois muitas mulheres não sabem desse serviço, e outras preferem não denunciar os agressores. Ela destaca que a entidade possui um plantão 24 horas para atendimento ou orientação, que pode ser acionado através dos telefones (41) 232-0608 ou 9902-7806.
De acordo com dados de um dossiê de violência contra a mulher, elaborado com informações obtidas pela Associação das Mulheres Donas de Casa e Consumidores do Paraná junto a anuários estatísticos e publicações oficiais da Organização das Nações Unidas (ONU), Organização Mundial da Saúde (OMS) e Organização Pan-americana de Saúde (OPAS), 2,1 milhões de mulheres são espancadas por ano no Brasil.