Associação quer fim de pedágios nas estradas

Combater o pedágio é o objetivo da Associação dos Comerciantes das Margens das Rodovias do Estado do Paraná. O elevado valor da tarifa e as restrições que há para implantar qualquer comércio nesses locais fizeram com que a associação, presidida e fundada há dois anos por Arlindo Rodrigues, de 51 anos, enviasse aos candidatos ao governo do Paraná uma carta-proposta, pedindo que eles manifestem, publicamente, a intenção de romper o contrato de 25 anos, que foi feito no governo atual com as concessionárias de pedágio – ou que reduzam o valor das tarifas pela metade.

Segundo o presidente e fundador da entidade, se a proposta de reduzir 50% não for aceita, o governo tem que pagar a rescisão do contrato com o próprio dinheiro do pedágio. Caso contrário, o Estado vai à falência, pois a multa da rescisão é exorbitante. Ele afirma ainda que o governo não tem intenção de melhorar as estradas não-pedagiadas, porque assim a população que reclama da qualidade das rodovias acaba aceitando a concessão das rodovias. “É uma jogada do governo, que faz com que a população acredite que realmente seja necessário o pedágio”, argumentou Rodrigues.

Nas praças de pedágio de Mandaguari, Assaí, Arapongas, entre outras, as concessionárias estão fazendo buracos nos desvios, que eram a única alternativa para aqueles que não queriam ou não podiam pagar o pedágio. “Os caminhoneiros fogem do pedágio da mesma maneira que fogem dos bandidos”, acredita Arlindo.

O pedágio já causou muito prejuízo aos postos de combustíveis, hotéis, lanchonetes, restaurantes, borracharias, oficinas mecânicas. O desemprego aumentou consideravelmente, devido à queda do movimento nesses locais. É muito difícil ver algum prefeito falando mal do pedágio. Isso ocorre, segundo Rodrigues, pelo fato de os municípios próximos às praças de pedágio receberem uma verba, proporcional ao tamanho do município. “Hoje, o pedágio é o melhor investimento, pois dia e noite está ganhando dinheiro. Se tornou um meio de vida muito lucrativo”, ataca o presidente da associação.

Rodrigues acredita que seja possível a construção e a manutenção de rodovias com o dinheiro dos impostos recolhidos. “Como construíram as primeiras estradas?”, questiona.

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