Associação luta contra preconceito aos ostomizados

Portadores de ostomia – pessoas que necessitam de uma bolsa (ostoma) unida cirurgicamente ao corpo para eliminar os dejetos do organismo – foram às ruas nesta quarta-feira (16) para difundir a doença e a existência da Associação Paranaense de Ostomizados, que orienta e apoia os cerca de 1,4 mil ostomizados de Curitiba.

Enfrentar problemas psicológicos e o preconceito que ainda existe em relação às pessoas que utilizam a bolsa é a principal tarefa da associação, que atende cerca de 50 pacientes por mês e também faz todo o encaminhamento ao SUS para o recebimento gratuito da bolsa.

Desde 2008, comemora-se no, dia 16 de novembro, o Dia Nacional do Ostomizado, após projeto de lei do então senador Flávio Arns (PSDB). A presidente da Associação Paranaense dos Ostomizados, Luiza Helena Ferreira Silveira, ostomizada há 12 anos, explicou que o primeiro passo é a aceitação da própria pessoa de sua nova condição.

“Ninguém nasceu desse jeito. É um corpo estranho sendo colocado na gente e ainda pode decorrer em problemas de pele. Então, essa primeira fase, a psicológica, é a mais complicada. Vencido isso, podemos levar uma vida normal”, destacou.

A ostomia é uma intervenção cirúrgica que permite criar uma comunicação
entre o órgão interno e o exterior. Há ostomia de aparelho digestivo e urinário. As principais causas que levam à cirurgia são doenças como câncer de intestino, de reto ou de bexiga, ou perfuração acidental de um desses órgãos.

Quanto ao preconceito, a presidente da associação o atribui à desinformação. “Falta conhecimento. Por as pessoas não saberem do que se trata que ainda existe muito preconceito. Mas isso pode acontecer com qualquer um, então, estamos na rua para dar essa informação e mostrar que há pessoas dispostas a dar assistência e apoio”.

A presidente da associação lembra que as pessoas que precisarem da cirurgia têm o direito de fazê-la pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e disse que a associação está agilizando a liberação da bolsa para os novos pacientes. “Fazemos um meio-de-campo, que torna bem rápido o processo”, disse.  Mais informações sobre a associação estão disponíveis no site (www.ostomizados.net )

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