Ontem foi dia de festa para quase 70 crianças do Hospital Infantil Pequeno Príncipe, em Curitiba. Elas receberam a visita de duas fadas coloridas, com quem puderam brincar, e ainda ganharam sorvete. A iniciativa foi da direção do hospital em parceria com a Associação dos Fabricantes e Distribuidores de Sorvete no Paraná (Afasorv), que distribuiu gratuitamente 125 porções da guloseima para as crianças e seus acompanhantes. A entrega aconteceu em homenagem ao Dia Nacional do Sorvete, comemorado ontem.
“A gente queria desmitificar a idéia de que o sorvete faz mal à saúde, causa resfriado”, comentou o presidente da Afasorv, Hélio Granotto Viero. Desde 2001, a parceria foi formalizada com o Hospital Pequeno Príncipe. “No ano passado, a renda da venda de quase 5 mil bolas de sorvete foi revertida para o Pequeno Príncipe e o Hospital Erasto Gaertner”, contou Granotto. Ontem de manhã, as fadas fizeram a festa entre as crianças do Erasto Gaertner. Só ficaram de fora as crianças que apresentam alguma restrição médica, como problemas renais e infecções respiratórias.
A chefe do setor de hematologia e oncologia, Flora Watanabe, explica que o sorvete é indicado especialmente para crianças em tratamento contra o câncer. “Com a quimioterapia, elas perdem o apetite, sentem náuseas. O sorvete é uma boa opção, que elas aceitam melhor.”Além disso contém nutrientes como proteína e glicose”, contou, lembrando que para aumentar o suporte nutricional são acrescidos ao sorvete suplementos e vitaminas.
Crianças
Vitor Hugo Almeida Balena, 5 anos, foi o primeiro a receber a visita das fadas e ganhar um potinho de sorvete. Ele está internado no Pequeno Príncipe para fazer quimioterapia. “Adorei a iniciativa, porque aumenta a auto-estima delas”, opinou Jaqueline Balena, mãe de Vítor Hugo, que tem leucemia.
“Uma atitude dessas sempre ajuda na recuperação”, afirmou Edemir Aparecido Silva, pai de Thiago Soares da Silva, 3 anos, que está internado porque bateu a cabeça. “Depois eu vou tomar o sorvete da mamãe”, avisou o pequeno Lucas Miguel Moreira, 3 anos. A avó Luiza Moreira – a quem Lucas chama de mãe – conta que o garoto tem câncer na nuca e na espinha e que perdeu os movimentos no início deste ano. “Para ele, visitas como esta são maravilhosas. Diverte tanto ele quanto a gente”, afirmou.
