Um protesto de motoristas e cobradores atrasou em cerca de duas horas a saída dos ônibus da empresa Auto Viação São José Urbana (antiga Carmo), no Parolin, em Curitiba, entre 3h45 e 5h20 da manhã de ontem. Segundo os trabalhadores, a empresa estaria cobrando despesas relativas a acidentes de trânsito dos motoristas, sem que eles tenham direito à defesa. Os trabalhadores também afirmam que são suspensos e tem dias descontados na folha de pagamento por não conduzir o veículo de forma econômica.
Segundo o Sindicato dos Motoristas e Cobradores nas Empresas de Transporte de Passageiros de Curitiba e Região Metropolitana (Sindimoc), os problemas também acontecem na Auto Viação Redentor e Viação do Sul. “‘Nos últimos meses temos cerca de 50 denúncias somente sobre as questões dos acidentes e condução econômica”, explica o presidente do sindicato, Anderson Teixeira. De acordo com ele, algumas cobranças passam de R$ 20 mil.
Por meio do Sindicato das Empresas de Transporte Urbano e Metropolitano de Passageiros de Curitiba e Região Metropolitana (Setransp), a Auto Viação São José negou a cobrança de despesas de acidentes dos motoristas sem direito à defesa e alega que cumpre todos os procedimentos para que o funcionário tome ciência de eventual ocorrência e apresente suas justificativas. A empresa também negou a suspensão de motoristas e desconto no pagamento do salário em razão de gasto de combustível. A Auto Viação Redentor e a Viação do Sul, também negam as denúncias.
Atrasos
A Urbs notificou no fim da tarde de ontem o Setransp, o Sindimoc e o Consócio Pontual pelo atraso de mais de uma hora pelos ônibus da empresa São José Filial, que integra o consórcio. A São José Filial foi multada por tabela horária não cumprida. A multa prevista equivale ao custo de 50 quilômetros rodados, aproximadamente R$ 6,34 cada.
Os ônibus que deveriam estar nos terminais e pontos iniciais às 5h, só saíram da garagem às 6h20.
Colaborou: Brunno Brugnolo