Praticamente metade da extensão das rodovias administradas pela RodoNorte já é coberta com o ?asfalto ecológico?. Neste mês, a concessionária chegou a marca de 275,4 quilômetros de pavimentação realizada com a técnica pioneira que garante o reaproveitamento de pneus inservíveis na pavimentação de pistas das rodovias BRs-277, 373, 376 e da PR-151. Em todo esse trecho, o antigo asfalto foi substituído pela mistura de borracha granulada com cimento asfáltico convencional.
Esta inovação técnica no ramo de asfaltos está promovendo o reaproveitamento de um enorme volume de pneus usados que antes não eram destinados corretamente. De acordo com dados da Associação Nacional da Indústria de Pneumáticos, o Brasil produz cerca de 41,3 milhões de pneus por ano. Cerca de 65% dessa produção é descartada clandestinamente ou incinerada ilegalmente. Entre os riscos da estocagem de pneus em terrenos baldios estão a proliferação do mosquito transmissor da dengue nas águas dentro dos pneus e os incêndios, uma vez que a borracha é resíduo não inerte, sujeito à combustão e demora cerca de 600 anos para se decompor no meio ambiente.
Em cada quilômetro de rodovia onde a RodoNorte utiliza a técnica do asfalto ecologicamente correto são utilizados mil pneus. Desde o início da concessão, há dez anos, a empresa contribuiu com o reaproveitamento de mais de 275 mil pneus.
O presidente da RodoNorte, Silvio Marchiori, considera que esse montante é expressivo e supera as expectativas previstas inicialmente. Ele destaca que a empresa é pioneira na utilização dessa técnica em larga escala no Brasil. ?Um detalhe importante que merece ser destacado aqui é que, através de uma técnica também inovadora, a empresa consegue reaproveitar 100% do pavimento desgastado. Ou seja, praticamente não existe sobra de resíduos para o meio ambiente?, destacou.
Qualidade
Com o asfalto ecológico, o material reciclado transforma-se em uma base do pavimento, ou seja, uma camada flexível, com boas propriedades quando à fadiga e pouco suscetível ao trincamento, além de ser muito resistente a ação da água. Apesar de ser entre 20 e 25% mais caro do que o asfalto convencional, esse tipo de técnica permite que o pavimento seja até quatro vezes mais durável.
Especialmente indicada para recuperação de pavimentos em estado avançado de deformação, a reciclagem também substitui com vantagens as técnicas usualmente utilizadas até então. Outro fator de muita importância é a inexistência de qualquer tipo de agressão ao meio ambiente, o que caracteriza o sistema como ecologicamente correto.