Motoristas que trafegam diariamente pela BR-277, entre Curitiba e o posto de pedágio de São José dos Pinhais, na região metropolitana, estão preocupados com a qualidade do asfalto recentemente implantado pela Ecovia, concessionária que administra o trecho da rodovia que liga a capital ao litoral do Paraná. Segundo eles, o novo asfalto é muito áspero, barulhento e solta pequenas pedras ao longo da via.

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O motorista Marcelino Campos Vidal Junior afirma que pelo preço cobrado para automóveis pequenos (R$ 12,70), a qualidade podia ser melhor. “Trata-se de um verdadeiro descaso. A concessionária está colocando uma camada de péssima qualidade onde já existia um bom asfalto. Hoje o carro roda como se estivesse em uma estrada de chão tamanho é o ruído gerado”, afirma.

Segundo ele, o descolamento de pequenas pedras ainda pode trazer riscos para os motoristas. “É comum vermos essas pedras serem atiradas ao longo da pista pelo carro que segue em nossa frente. É muito perigoso”, ressalta Vidal Junior.

Durante o final de semana é comum ciclistas utilizarem o acostamento da BR-277 como pista de treinamento e prática de esportes. “Esse é outro grande problema do local. Trata-se de um pavimento impossível de rodar com a bicicleta”, afirma Vidal Júnior, que também usa o acostamento da BR-277 para treinar com sua bicicleta.

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O ciclista Marco Cachel, que também costuma andar de bicicleta no acostamento da BR-277, afirma que o risco no local é grande. “O asfalto da BR-277 ficou pior que antipó, que já tem baixa qualidade. Para desviar da sujeira que se acumula no local precisamos chegar muito perto da pista de rolagem. O risco é ainda maior durante a semana, quando muitos moradores locais e trabalhadores de grandes empresas da região utilizam o mesmo espaço para trabalhar, também de bicicleta”, ressalta.

Por meio de sua assessoria de imprensa a Ecovia afirmou que o asfalto aplicado no local está de acordo com as normas rodoviárias. A concessionária informou que o asfalto novo conta com uma tecnologia que dá maior aderência ao veículo. Sobre as pedras, o órgão disse que realiza limpeza quando os responsáveis pela inspeção encontram algo irregular, bem como no término do trabalho de recape.

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Já com relação ao acostamento desse trecho da BR-277, a Ecovia afirmou que o local também está dentro das normas adequadas para o seu devido fim, ou seja, eventuais paradas de veículos com problemas. Para que o treinamento de bicicleta fosse permitido, a concessionária citou a necessidade da presença de um agente de trânsito no local.