Os temporais e vendavais típicos do verão podem trazer preocupação para moradores de terrenos com árvores ou que tenham suas casas próximas à arborização pública.
Existe riscos para quedas de árvores, que podem atingir veículos, residências e outros estabelecimentos, além de bloquear ruas. Os cidadãos podem agir de maneira preventiva, ao detectar problemas nas árvores, como rachaduras e quedas de galhos maiores.
Segundo a prefeitura de Curitiba, a orientação para o morador que enfrentar casos iminentes é ligar no telefone 156 e abrir um protocolo de atendimento. Uma equipe da Secretaria Municipal do Meio Ambiente (SMMA) vai até o local e, se constatar que realmente a árvore pode cair a qualquer momento, concede a autorização para o corte imediatamente.
Esta situação pode ser aplicada até mesmo no caso de árvores nativas, como a Araucária, mas somente se o risco for comprovado. O morador pode fazer a solicitação também para árvores em terrenos particulares e que podem atingir residências ou bloquear ruas.
A engenheira florestal Dâmaris Seraphim, da SMMA, explica que todo corte de árvore depende de autorização. Se não há urgência na situação, é aberto um procedimento para a licença para o corte.
Socorro
Os bombeiros podem atuar quando as árvores caem em residências ou bloqueiam ruas, especialmente quando há feridos. O major Samuel Prestes, comandante do Grupo de Operações de Socorro Tático (Gost), do Corpo de Bombeiros, explica que as viaturas já possuem equipamentos próprios para casos como esses, além da existência de uma reserva técnica no almoxarifado da corporação.
“Temos como chamar pessoal e formar outras guarnições para dar atenção em casos de emergência”, comenta. Prestes lembra que uma árvore pode cair por diversos fatores, e não apenas pela combinação de fortes chuvas e vendavais.
No inverno, por exemplo, existe o risco pelos ventos intensos. Árvores sem manutenção, podres ou que tenham suas raízes expostas também podem cair. “Não se deve parar com o carro embaixo de árvore, especialmente quando há galhos projetados. Os ocupantes podem ficar feridos ou até morrerem com o impacto da queda da árvore”, afirma.
Ressarcimento
Dâmaris Seraphim ressalta que a pessoa que teve prejuízos com a queda de árvores nas calçadas podem pedir o ressarcimento dos danos para a prefeitura de Curitiba.
“Uma comissão faz análise para verificar o que aconteceu e se a prefeitura precisa ressarcir porque era arborização pública. Se isso acontecer com uma árvore em um terreno particular, o proprietário terá que arcar com as despesas”, indica.