Moradores da Rua Augusto Severo, no Alto da Glória, estão preocupados com o risco de terem suas casas atingidas por árvores condenadas. Em dois meses duas casas tiveram seus muros e portões destruídos por queda de ipês.
O último caso aconteceu no dia 2 de dezembro. Um ipê caiu sobre a casa da família Fedatto, que não só lamenta a perda material, como principalmente a falta de atenção da prefeitura. A família vem pedindo o corte de duas árvores desde fevereiro, e já têm dois protocolos para o mesmo problema sem conseguir solução. Segundo Miriam Fedatto, que mora na rua há 58 anos, o risco de acidente foi percebido quando funcionários da prefeitura cortaram parte da raiz dos ipês, quando estavam nivelando as novas calçadas. As árvores ficaram com pouca sustentação.
“As árvores estavam balançando demais, por isso, lá em fevereiro pedimos os cortes. Mas não fomos atendidos. Agora uma das árvores já caiu, voltamos a pedir e nada de a prefeitura atender”, conta Miriam Costa Fedatto.
A moradora já apelou para o Corpo de Bombeiros, que nada pode fazer sem a autorização do governo municipal. “Já tentei de tudo, disse aos Bombeiros que assumiria a responsabilidade, mas não tem jeito. Estamos esperando pela prefeitura”, afirma Miriam.
Como uma das árvores ainda está sob risco, Miriam teme problemas maiores. O ipê fica bem em frente à sua casa, ao contrário do que caiu no começo do mês, que estava na altura de seu portão. O estrago deixou prejuízo de R$ 1.700.
“Meu pai fica maior parte do tempo aqui na sala e se esta árvore cai sobre a casa?”, questiona Miriam, que cuida do pai, Geraldo Fedatto, de 90 anos.
De acordo com a assessoria de imprensa da prefeitura, a Secretaria Municipal de Meio Ambiente já está fazendo o levantamento do caso e na segunda-feira deve apresentar um prazo para atendimento do protocolo.