Artistas criticam a prefeitura de Curitiba

Artistas plásticos reclamam da dificuldade para tirar licença para trabalhar nas ruas de Curitiba. Eles dizem que não conseguem formar uma clientela, porque só podem expor os trabalhos em poucos dias na semana, tornando-se difícil viver da arte.

Rogério Ferreira Nogueira diz que viaja contentemente a São Paulo para poder trabalhar. Conta que desde 1995 tenta tirar a licença e não consegue. ?Eles ficam me mandando de um lugar para outro e nunca resolvem nada. É muita burocracia?, reclama. Em São Paulo, vende em média quinze pinturas por dia, contra no máximo duas na capital paranaense.

Jorge Bastos trabalha na Rua Quinze de Novembro há quinze anos. Conta que já viu muitos colegas passarem vergonha ao serem abordados como se fossem transgressores. Diz também que só com os dias estipulados pela prefeitura não dá condições para viver. ?Se uma pessoa passa hoje e gosta do meu trabalho, ela quer voltar no outro dia para ser retratada. Tem que ser todo dia?, argumenta.

Segundo a assessoria de imprensa da prefeitura de Curitiba, quem concede a licença é a Fundação de Ação Social. As normas que regulamentam a atividade estão principalmente no Código de Postura do Município e na lei municipal nº 6.407/83. Em Curitiba existem duas feiras. A do Largo da Ordem conta com 58 expositores e da Rua Quinze com 38. De acordo com a assessoria, não existe um número fechado de vagas, que dependem a qualidade dos materiais. Ontem, encerraram-se as inscrições para a feira do Largo da Ordem, mas não existem projetos para ampliar a da Quinze.

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