Um grupo de artesãos de Curitiba está revoltado com a falta de espaço para mostrar e vender seus trabalhos. No próximo sábado pela manhã, eles irão fazer um protesto, levando suas ferramentas de trabalho à Feira da Primavera e da Criança, que acontecerá na Praça Osório, no centro da capital.
Segundo João Bosco, um dos líderes do grupo de vinte artesãos, eles foram impedidos de participar da Feira da Primavera. “Nosso espaço vem diminuindo cada vez mais. Atualmente, só participamos da feira de artesanato aos domingos no Largo da Ordem e das feiras especiais (Pinhão, Páscoa, Primavera e Natal) que geralmente duram vinte dias cada”, disse.
Bosco lembrou que antigamente os artesãos participavam de feiras às quartas, sábados e domingos na Praça Rui Barbosa. Depois da criação da Rua da Cidadania no local, eles ficaram apenas com a feira de domingo, no Largo da Ordem.
Conforme o diretor de Geração de Renda da Fundação de Ação Social (FAS) de Curitiba, Luiz Alberto da Motta, o que aconteceu foi uma mudança na forma de cessão do espaço nas feiras. Como o número de artesãos pedindo vagas para fazer as oficinas era grande, ficou estabelecido que uma comissão iria avaliar os produtos, classificá-los e distribuir as vagas por essa ordem. “Claro que alguns artesãos não foram classificados. Mas nada impede que eles participem das próximas feiras”, salientou.