A arquiteta Elisângela Dias, 36, só descobriu a endometriose aos 23 anos. Desde os 14 convivia com as dores achando o problema normal e até o diagnóstico nunca tinha ouvido falar da doença. “Quando vinha a menstruação eu ficava acabada. A menstruação era irregular e também tinha cólicas, enjoos. Mexia com o meu dia inteiro e me atrapalhava bastante”, lembra. Durante os quase dez anos de desconhecimento da doença foram afetadas as atividades sociais e profissionais de Elisângela, que não conseguia ir à escola nem ao trabalho. Dos sete dias em que menstruava, cinco eram de fortes dores.
Junto com o diagnóstico da endometriose veio também o anúncio de que ela não poderia engravidar por conta da doença. Mesmo assim ela ficou grávida aos 25 anos de idade. “Foi um milagre”, comemora. Com o passar do tempo o problema se alastrou e depois de investir apenas em remédios para a dor, Elisângela aderiu também ao tratamento injetável. “Agora levo uma vida normal”.