Apucarana ainda sofre com falta d?água

Apesar de a chuva não parar de cair no Norte do Estado, a situação em Londrina e Maringá já está normalizada. Porém, em Apucarana, a situação continua crítica. Nem o abastecimento de água voltou ao normal. A Sanepar trabalha com apenas 65% da capacidade de produção e a água ainda não chega aos pontos mais altos. Para resolver o problema, a companhia estará trabalhando em sistema de racionamento e rodízio.

Dois dos quatro motores da unidade de captação inundada voltaram a trabalhar já no sábado à noite. Ontem, a Sanepar se preparava para ligar um terceiro motor, mas o abastecimento não deve se normalizar antes de amanhã.

No domingo, a Defesa Civil de Apucarana concluiu a avaliação dos danos causados pela forte chuva da última quinta-feira. O prejuízo total é de mais de R$ 4 milhões, com danos principalmente em pontes nas estradas rurais, ruas, escolas e creches.

Hoje, após eleger as prioridades na reconstrução, o prefeito de Apucarana, Valter Pegorer, estará em Curitiba para entregar uma cópia do relatório de danos e pedir a colaboração do governador Roberto Requião. "É preciso que o governo do Estado reconheça, através de decreto, a situação de emergência de Apucarana, para que possamos contar, também, com a colaboração do governo federal", afirma o prefeito de Apucarana.

Nas áreas em risco de desabamento, principalmente o Parque Bela Vista, 40 casas ainda estão interditadas e as famílias continuam em abrigos provisórios. Os técnicos do município estão fazendo um levantamento topográfico para saber, exatamente, como proceder em relação à habitação do local. Quanto à outra área de risco, um trecho do Jardim América, onde houve um deslizamento que atingiu a linha férrea, destruiu cinco casas e vitimou um casal, já está sendo recuperada. As atividades de transportes de cargas de América Latina Logística (ALL) já foram retomadas no domingo, sob a ordem de interromper em caso de mais chuva forte. Apesar de os trens já estarem transitando no local, dez casas continuam interditadas e as famílias em abrigos alternativos. Para habitar essas, e, se preciso, as famílias do Parque Bela Vista, a prefeitura pretende disponibilizar, com infra-estrutura básica, 20 lotes no Jardim Santiago II.

Região de Maringá

A chuva dos últimos dias também destruiu aterros e pontes em algumas cidades da região de Maringá. Moradores ficaram isolados Em Munhoz de Mello, a chuva destruiu os aterros da principal estrada rural que dá acesso a cidade. Uma barreira de mais de 10 metros se formou e acabou provocando erosões gigantes no meio do caminho e em algumas fazendas. Dos 9 aterros construídos na estrada rural de Munhoz de Mello, 8 estão destruídos. No distrito de Fernão Dias, 250 famílias estão isoladas. Os rios da região transbordaram e cobriram as pontes.

Alerta

Segundo o Sistema Meteorológico do Paraná (Simepar), o tempo permanece fechado até amanhã. A Secretaria Nacional de Defesa Civil enviou alerta ontem, ao Paraná, quanto a possíveis temporais ainda para esta semana. Em alguns locais, principalmente o Centro-oeste do Paraná, a previsão indica possível queda de granizo. A intenção da Defesa Civil é prevenir, nesses estados, outros alagamentos, deslizamentos de terra e escorregamento de pedras. (Nájia Furlan, especial para O Estado)

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