A preocupação e a disciplina em relação ao concurso não terminam com a aprovação. Depois de encontrar o nome na lista dos classificados, o candidato ainda tem uma importante rotina a cumprir, que envolve documentação, exames e compromissos. Se tudo isso acabar ficando para depois, pode significar a perda da vaga conquistada.
Situações assim não são raras. Muitos classificados perdem a vaga porque não cumpriram os prazos nem apresentaram a documentação pedida. Na maioria das vezes, isso acontece por dois fatores: candidatos que deixam de ler o edital e desconhecem o que é exigido ou que não acompanham a divulgação dos avisos pela organização do concurso. “É relaxo do aluno. O edital diz que é preciso consultar o site do concurso, mas já aconteceu do aluno perder a vaga por desatenção”, confirma o diretor do Curso Solução, de Curitiba, João Viana.
O professor ressalta que é responsabilidade do classificado ficar de olho no que acontece depois da aprovação. Se há alguns anos tudo era informado por cartas registradas ou telegramas entregues na casa dos candidatos, hoje as informações são publicadas na internet. “Tem que ficar acompanhando, para ver se também abrem cadastro de reserva. Às vezes a pessoa olha, vê que não está entre os aprovados e esquece, não se preocupa mais em consultar. Quando vê, foi chamada, não viu e perdeu o prazo”, diz. O ideal é visitar o site da seleção pelo menos uma vez por semana, mas sabendo que muitos alunos esquecem desta obrigação, Viana afirma que pretende implantar um sistema para aviso aos candidatos desavisados.
Muita atenção
A orientação aos que passaram no concurso é ler atentamente o edital e depois da classificação selecionar imediatamente toda a documentação que precisa ser apresentada. Alguns documentos que são pedidos precisam de tempo até ficarem prontos e não é possível apresentá-los depois da data definida. O mesmo é recomendado para exames de sangue e outras avaliações médicas, que também são solicitadas em algumas seleções.
“Muitos destes documentos são custeados pelo próprio candidato, que precisa estar preparado, ter uma reserva financeira para apresentar a papelada e não perder a vaga. Se não apresentar, é excluído”, alerta Viana. Pontualidade e presença nos dias agendados para entrevistas e testes físicos também são fundamentais.
A convocação não acontece para todos os aprovados ao mesmo tempo. Cada órgão chama os classificados conforme suas necessidades, mas mesmo assim a Justiça vem recebendo reclamações de candidatos que estavam entre os classificados, mas não foram chamados para tomar posse das vagas. “Agora os editais devem chamar o número de vagas publicadas. Se são 30, tem que ser chamados os 30 em dois anos de validade de concurso. Por isso, muitos concursos publicam o número de vagas mais o cadastro de reserva”, explica o professor.
Segunda chance
Não é o fim da linha se o seu nome não apareceu na lista de aprovados. É comum que candidatos com colocações próximas ao número das vagas publicadas sejam chamados para compor o cadastro de reserva dos órgãos e substituir servidores que se aposentaram ou foram transferidos. Por isso, o professor Viana sugere aos candidatos que continuem acompanhando as novidades dos concursos até sua validade, que acontece em um prazo de dois anos. Como exemplo ele cita um concurso recente que tinha menos de 50 vagas, mas cerca de 180 candidatos foram c,hamados.