Depois de duas horas e meia de intensa discussão, a Câmara Municipal de Curitiba aprovou ontem um projeto do vereador Paulo Salamuni (PMDB), que autoriza a Diretoria de Trânsito de Curitiba (Diretran) a ser mais tolerante na fiscalização eletrônica durante a madrugada. Por 18 votos favoráveis, três contra e uma abstenção, a Câmara aprovou o projeto que prevê o desligamento das lombadas eletrônicas no período de 1h às 5h. Já os radares não serão desligados, mas poderão ser mais tolerantes. A tolerância mínima para até 20 quilômetros horários também no período da 1h às 5h.
Segundo Salamuni, a decisão é digna de ser comemorada com fogos de artifício. Como vereador de oposição, ele relatou a grande dificuldade encontrada para que qualquer projeto que não pertença à base de apoio do prefeito Cassio Taniguchi (PFL) seja aceito. Hoje a proposta será votada em segundo turno, mas conforme Salamuni, a praxe é que seja novamente aprovada. “Então irá para a sanção do prefeito. Depois disso a Diretran estará autorizada a agir com mais tolerância”, revelou.
O vereador explicou que o princípio da ação é o mesmo que permite que em alguns pontos da cidade os semáforos fiquem intermitentes durante a madrugada. “Quem é multado nessas horas é o cidadão mediano de bem. Quem faz racha não vai lá onde tem o radar”, afirmou Salamuni. Para o vereador, a decisão serve para salvaguardar a integridade física e moral do cidadão curitibano, que pode dirigir um pouco mais rápido durante a madrugada por questão de segurança. “A Diretran é que vai decidir os pontos onde isso será válido, já que o projeto não a obriga e sim a autoriza a aumentar a tolerância”, explicou.
