APR aguarda ajuda de empresas

A Associação Paranaense de Reabilitação (APR) passa por dificuldades e acumula uma dívida mensal de R$ 40 mil. Para não ter que diminuir o número de alunos atendidos, a maioria carente, a APR lançou ontem a campanha “Sala-Empresa APR”. Através dela, empresas se unem e assumem as despesas de uma turma de alunos, tendo desconto na hora de pagar o imposto de renda. O primeiro grupo a apoiar a iniciativa foi a Associação Brasileira de Medicina de Grupo do Paraná e Santa Catarina (Abramge-PR/SC).

A APR existe há 45 anos e presta atendimento de forma gratuita para 200 crianças com deficiência motora, diagnóstico de paralisia cerebral, distrofia muscular progressiva, mielomeningocele (Tumor de Medula Espinhal), seqüelas de Traumatismo Craniano Encefálico, sendo pioneira na área de habilitação no Paraná. Cada aluno custa para a entidade cerca de R$ 500,00.

O diretor da APR, Cadri Massuda, explica que a situação da entidade se agravou porque o poder público não reajusta há 8 anos a tabela de contribuição. Mas o que provocou o maior déficit foi a redução da compra de Órteses e Próteses produzidas pela própria ABR e que tinha o Sistema Único de Saúde como seu principal comprador. Em 2002, a entidade fechou o ano com um saldo devedor de R$ 700 mil.

Massuda comenta que 90% dos alunos são carentes e não teriam o mesmo atendimento em outro lugar. Além de realizar uma série de atividades de reabilitação como fisioterapia, fonoaudiologia, psicologia, os alunos têm acesso ao currículo básico da educação nacional. Além de capacitar os alunos, eles são inseridos na convivência social.

A APR também tem outro programa, lançado em julho, o “Super Amigo” que conta com a colaboração de pessoas físicas. Perto de um mil contribuem com R$ 25,00. Já as empresas contam com um incentivo do governo para participar. De acordo com a lei 9249/95, quem contribui com um trabalho social têm desconto na hora de pagar o imposto de renda. O presidente da Abramge, Joelson Samsonowski, lembra que a responsabilidade social não é só dos órgãos governamentais ou instituições religiosas, mas de toda a comunidade.

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