Foto: Chuniti Kawamura/O Estado

Representantes não encontraram solução para a categoria.

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Em nova reunião, representantes da APP-Sindicato e do governo do Estado tentaram fechar um acordo sobre o reajuste salarial dos docentes. No entanto, como na semana anterior, os sindicalistas reclamam que o governo do Estado ?não apresentou proposta de reajuste salarial para 2006?, e sequer ?mostrou disposição em viabilizar a implementação do plano de carreira dos funcionários de escolas?.

A categoria já fala em greve no setor para o mês de agosto. Do encontro, a portas fechadas no Palácio Iguaçu, participaram representantes do Dieese, a secretária de Administração Maria Marta Lunardon, o chefe da Casa Civil Rafael Iatauro, e a presidente da Comissão de Educação da Assembléia Legislativa, deputada Elza Corrêa.

Segundo a APP, o governo teria condições de atender às reivindicações, mas afirma que um reajuste este ano viria comprometer o limite previsto na Lei de Responsabilidade Fiscal. ?Eles alegam que não teriam margem financeira para conceder reajuste este ano e que estariam disponibilizando novos recursos para o orçamento de 2007. No entanto, não falam em números. Portanto essa é uma proposta muito solta. Vamos manter nosso calendário de manifestações?, afirma o diretor da APP, Luiz Carlos Paixão da Rocha.

Os servidores pedem a equiparação salarial dos professores com demais servidores com formação superior e o plano de carreira dos funcionários de escolas. As solicitações fazem parte de projetos de lei, 149/06 e 150/06, que foram retirados da pauta devido à possibilidade de negociação. Sem avanço nas negociações, os projetos voltam à pauta de votação da Assembléia Legislativa, na próxima terça-feira, às 9h30. ?Hoje não tivemos avanços nas negociações, por isso os projetos voltam para a Assembléia e devem ser votados até o final da próxima semana?, disse Paixão.

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A mobilização dos professores continua. Atos públicos, em frente aos Núcleos Regionais de Educação, estão previstos para a próxima quarta-feira. Está prevista também a marcha estadual de educadores, que parte de Ponta Grossa, no dia 15, e chega em Curitiba no dia 20, em frente à Catedral Metropolitana. No dia da chegada, uma passeata seguirá ao Palácio Iguaçu, onde o movimento continua.

Sobre a possibilidade de greve, o sindicato afirma não estar descartada. ?Caso o governo apresente uma proposta mais efetiva até o próximo dia 14, estamos dispostos a reavaliar. Porém, a greve está dentro do calendário de mobilizações da APP. Agora não é uma boa data por conta das férias escolares, mas a partir de agosto esta possibilidade não está descartada. No dia 30 (agosto) já está marcada uma paralisação estadual e, a partir disso, a greve pode ser deflagrada?, alerta Paixão. 

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