APP pleiteia equiparação salarial com os servidores

Os professores da rede estadual de ensino prometem fazer muito barulho no mês de março para conseguir reajuste salarial. Serão quatro dias de manifestações, culminando com um ato em frente ao Palácio Iguaçu, no dia 28. A categoria reivindica aumento de 56,94%. Segundo o presidente da APP-Sindicato, José Lemos, o índice equipararia o salário da categoria ao dos outros servidores estaduais que também possuem curso superior.

O governo do Estado enviou esta semana para a Assembléia Legislativa um projeto de lei que prevê uma correção entre 25% e 88% nos salários do funcionalismo público. Os servidores do Quadro Próprio do Poder Executivo (QPPE), que trabalham 40 horas e possuem curso superior, terão a remuneração aumentada de R$ 1.525 para R$ 2.088. Mas os professores não foram contemplados pelo reajuste. "Queremos uma equiparação dos salários. O governo assumiu compromisso pela isonomia", fala Lemos. Segundo ele, um professor em início de carreira ganha hoje R$ 1.330, e o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Sócio-Econômicos (Dieese) calculou que seria necessário um reajuste de 56,94% para equiparar os salários com os dos servidores do QPPE.

A primeira manifestação será no dia 8 de março, Dia Internacional da Mulher. "Vamos buscar a valorização da mulher. Elas representam 83% da categoria. Queremos mostrar que a categoria tem sido discriminada por ser feminina", comenta Lemos. Em todos os municípios do Estado, a APP vai promover audiências nas câmaras municipais para debater a situação. A questão também será debatida na Assembléia Legislativa.

No dia 14 de março, os professores vão reduzir as aulas de 50 para 30 minutos e os alunos serão dispensados na hora do recreio. No restante do tempo, os docentes ficarão na escola debatendo o assunto, se preparando para as outras mobilizações. Neste dia, também será distribuído para os pais uma carta explicando o motivo das manifestações. No dia 22 de março, as aulas também serão reduzidas a 30 minutos. Os professores se juntarão ao manifesto nacional dos estudantes pelo passe livre.

No dia 28 não haverá aula e professores de todo o Estado devem se concentrar em Curitiba. Eles farão uma passeata pelo centro da cidade, saindo da Praça Santos Andrade até o Palácio Iguaçu. Segundo Lemos, será tentada uma audiência com o governador Roberto Requião. "As manifestações só não vão ocorrer se o governo nos atender antes", avisa.

Outra reivindicação dos sindicalistas é a inclusão dos servidores da educação, como secretários e merendeiras, no quadro da Secretaria Estadual da Educação. Hoje eles estão lotados no QPPE. "São educadores e têm suas especificidades", aponta. A APP-Sindicato também pedirá a antecipação do mês de vigência do reajuste, previsto para ocorrer só em maio e junho, além de outras reivindicações.

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