Foto: Lucimar do Carmo |
Luis Carlos Paixão: ?Reivindicação pela equiparação salarial.? continua após a publicidade |
A APP-Sindicato dos Trabalhadores da Educação do Paraná decidiu no último sábado estabelecer um prazo para que o governo do Estado acene com uma proposta de reajuste salarial para a categoria. Os educadores aguardam que até o próximo dia 26 pelo menos a reposição inflacionária de 14% seja acrescentada à remuneração, e que o governo dê aval positivo às negociações de equiparação salarial de quase 57% com relação aos demais servidores estaduais com ensino superior. A Secretaria de Estado da Educação confirma que os trâmites estão em andamento, mas não comenta prévias ou datas com relação à definição do reajuste.
O secretário de imprensa do sindicato, professor Luis Carlos Paixão, lembra que as negociações salariais remontam ao início do ano passado, mas foram intensificadas a partir de outubro. ?Desde o início, nossa reivindicação é pela equiparação salarial, ou seja, que os professores com ensino superior tenham o mesmo piso inicial dos outros servidores públicos do Estado que também têm essa formação, como exigência de ingresso no quadro funcional?, explica.
Se atendida a reivindicação, o reajuste para os professores seria de 56,94% – atualmente, eles iniciam na carreira com 40 horas semanais e um salário de R$ 1.030, contra o piso de R$ 2.088 dos demais servidores. ?Mas estamos abertos à negociação desse índice ao longo do mandato do governador Requião, desde que tenhamos para este mês proposta de índice que reponha a inflação do último período.? O último aumento dos educadores aconteceu em abril de 2004, o que acumula defasagem inflacionária de 14%.
Ns seqüência, o professor espera respostas positivas do governo no que se refere à equiparação. ?Há disponibilidade financeira. O orçamento da educação básica para 2007 no Paraná foi ampliado de 25% para 30% do percentual da receita do Estado destinada ao setor, o que implica em um aumento de R$ 490 milhões?, recorda. Em vista disso, no próximo dia 26, em reunião com o governo, o sindicato espera uma proposta concreta de reajuste. No dia 30, eles pretendem realizar uma assembléia estadual, na qual será definido um calendário de mobilizações no caso de o Estado não corresponder às expectativas.
Sem prévias
A assessoria de imprensa da Secretaria de Estado da Educação (Seed) se limita a confirmar que as negociações estão em andamento com os professores por meio de uma série de reuniões entre membros da Seed e da Secretaria de Estado da Administração (Sead). As secretarias estariam ainda analisando a capacidade financeira e fiscal para propor o reajuste, mas nenhuma percentagem foi definida até o momento. Por enquanto, porém, a preocupação é somente com os índices. Prazos não são comentados.