Mesmo com a liminar obtida pelo governo estadual na última quarta-feira, obrigando todos os professores da rede estadual de ensino a encerrarem a greve e voltarem às salas de aula, a categoria continua com a paralisação. A APP-Sindicato, que representa a categoria, informou que, até o fim da tarde de ontem, não tinha sido notificada oficialmente da liminar. Com isto, fica valendo o que foi decidido na assembleia realizada na última quarta, no estádio da Vila Capanema, quando cerca de 20 mil trabalhadores votaram pela continuidade da greve.
Na liminar, o desembargador Luiz Mateus de Lima, do Tribunal de Justiça do Paraná, determina o pagamento de multa diária de R$ 20 mil pela APP-Sindicato, no caso do descumprimento. O juiz também autoriza o uso de força policial, se necessário, para que as aulas voltem ao normal.
Ontem, 36 escolas no Paraná reiniciaram o atendimento aos alunos total ou parcialmente. Em Curitiba, porém, apenas o Colégio da Polícia Militar reiniciou as aulas. A Escola Nossa Senhora de Salete, na capital, que havia reaberto no início da semana, voltou a ficar fechada nos últimos dois dias.
Com a paralisação, que já dura 26 dias, há o temor de que estudantes do terceiro ano do Ensino Médio não consigam concluir os estudos em tempo para o vestibular. No último sábado, a Justiça já tinha emitido liminar, obrigando que apenas os professores destas turmas específicas voltassem às aulas. No entanto, a categoria continuou 100% paralisada.