A proa foi colocada em uma |
Terminou, no fim da tarde de ontem, o içamento da proa do navio Vicuña, na Baía de Paranaguá. Mesmo com o mau tempo – choveu durante todo o dia na região – os técnicos da Smit Salvage, empresa holandesa contratada para retirar o navio do porto, recortaram partes da peça com o objetivo de deixá-la mais leve e facilitar a retirada. O material foi colocado em uma barcaça e levado ao píer da Tequinte (uma antiga empresa de construção de plataformas), na Ponta do Poço, no balneário de Pontal do Sul.
A balsa destinada a receber a proa foi aproximada ao guindaste que puxou a peça do mar. Desta forma, segundo João Antônio de Oliveira, chefe de fiscalização do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), o processo ficou mais simples. Houve um pequeno vazamento de óleo, segundo Oliveira, durante a finalização da remoção. No entanto, Oliveira disse que a mancha foi contida e o óleo retirado do mar. Mas segundo o presidente do Instituto Ambiental do Paraná, Rasca Rodrigues, o vazamento de óleo foi grande, de volume ainda não mensurado, que chegou a atingir a Ilha da Cotinga, distante duas milhas do local onde está o navio.
Durante toda a semana passada, a Smit tentou içar a proa do Vicuña da Baía de Paranaguá. Depois de muitas tentativas frustradas, apenas na sexta-feira a operação foi retomada com sucesso. No entanto, o excesso de peso e o tempo ruim do fim de semana impossibilitaram a conclusão do trabalho.
A proa é a segunda parte do Vicuña a ser retirada da baía. O casario já foi removido e ainda faltam outras cinco partes do navio para serem retiradas. Os destroços do Vicuña serão cortados e levados para Pontal do Sul. De lá a Gerdau, que comprou os restos do navio para reaproveitar o material, assume a responsabilidade de transportar o Vicuña.
O navio chileno explodiu no dia 15 de novembro do ano passado no terminal da empresa Cattalini, em Paranaguá. Cerca de 1,2 milhão de litros de óleo combustível acabaram vazando na baía. O navio é de propriedade da Ultragás.