O terceiro boletim de balneabilidade das praias paranaenses, divulgado nesta quarta-feira (31) pelo Instituto Ambiental do Paraná (IAP), informa que, dos 43 pontos avaliados, seis estão próprios para banho. O secretário do Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Rasca Rodrigues, esclareceu que os pontos considerados impróprios nesta semana correspondem a pouco mais de sete quilômetros da orla paranaense. Cada um dos pontos representa apenas 200 metros de interdição devido à emissão de esgoto sanitário e presença de coliformes fecais – 100 metros à esquerda e 100 metros à direita das placas indicativas. “Mantendo esta distância, o banho é seguro; portanto são mais de 90 quilômetros próprios para banho”, afirmou.
Dos seis pontos próprios, três apresentam boa qualidade da água desde o início de dezembro – em frente ao Sesc, em Matinhos; e, em Guaratuba, nas proximidades da Rua Jacarezinho (balneário Brejatuba) e Rua Costa Rica (Nereidas). Outros dois – balneários Ipacaray (Matinhos) e Eliane (Guaratuba) – mantiveram a avaliação positiva da semana passada. O novo ponto próprio para banho é no balneário Solymar, em Matinhos.
Segundo ele, se forem comparados os resultado de hoje com o boletim da semana anterior, quando 11 pontos foram bem classificados, nota-se que cinco perderam qualidade. “Essa redução já é resultado do aumento do número de turistas”, explicou o secretário. Estima-se que cerca de 1 milhão de pessoas comemorem a virada do ano no litoral paranaense.
Monitoramento
O IAP e a Faculdade Estadual de Filosofia, Ciências e Letras de Paranaguá (Fafipar) monitoram pontos estratégicos das praias paranaenses, em que é grande o fluxo de banhistas ou há proximidade com canais. Onde não há sinalização, o local pode ser considerado próprio para banho. São monitorados 38 pontos no continente e cinco na Ilha do Mel. Também são analisados cinco rios utilizados pelos banhistas para práticas esportivas e recreativas em Morretes e Antonina.
Para se chegar ao resultado final, divulgado às quartas-feiras, o trabalho começa com a coleta de amostras de água nestes locais na segunda-feira, primeiro dia depois do fim de semana, quando é maior o número de veranistas.
As amostras são analisadas no laboratório recém-inaugurado pelo governo do Estado na Floresta Estadual do Palmito. Neste processo, descobre-se qual o grau de contaminação da água, geralmente por esgoto, considerando o número de bactérias de coliformes fecais (Escherichia coli).
De acordo com a resolução 257, do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama), para um local ser considerado próprio para banho, deve-se ter 80% de amostras positivas em cinco resultados. Ou seja, o resultado de quatro das cinco análises amostradas pode apontar a presença de até 800 bactérias a cada 100 mililitros de água. Caso o último resultado apresente duas mil bactérias, imediatamente o local passa a ser considerado impróprio, mesmo tendo histórico positivo.
Barracas
Para orientar os banhistas, o IAP sinaliza as praias com barracas de cores diferentes para indicar a qualidade das águas, assim como nas temporadas anteriores. Os locais em que o banho de mar não é recomendado são sinalizados com barracas vermelhas; já os liberados são sinalizados com barracas azuis. Além disso, a divulgação é feita através da imprensa e de boletins impressos distribuídos nas praias e pontos de acesso ao litoral.
A Secretaria do Meio Ambiente e o IAP também divulgam boletins em seus portais, nos endereços eletrônicos www.sema.pr.gov.br e www.iap.pr.gov.br.